Um estudo, que incluiu alguns alunos e pesquisadores da faculdade de nutrição de Harvard, mostrou que um terço das mortes prematuras poderia ter sido evitado se as pessoas não consumissem tanta carne - ou até mesmo tivessem parado de consumi-la.
Segundo os cálculos do Dr. Walter Willett, professor de nutrição e epidemiologia, e sua equipe, o número de mortes que poderiam ser evitadas devido ao consumo excessivo de carne pode chegar a centenas de milhares.
Os dados foram divulgados em um evento realizado em Roma, na Conferência Internacional do Vaticano. O objetivo dos pesquisadores é conscientizar as pessoas e a comunidade científica para a desconstrução de um mito que apenas a dieta rica em carne pode ser benéfica para o ser humano.
No evento também foram debatidos os modismos das dietas, como a paleolítica - que prega o consumo de carne, evitando os grãos e outros carboidratos, indo na direção contrária do que a pesquisa afirma.
A substituição da carne deve ser feita com cuidado
O médico e nutricionista também ressaltou no encontro que os resultados de uma dieta sem carne podem não ser satisfatórios em alguns casos. Se uma pessoa tem uma dieta sem carne, mas com outros alimentos prejudiciais, ainda assim ela não teria uma dieta equilibrada.
Se, no lugar da carne, há o consumo excessivo de refrigerante, doces, pão branco, por exemplo, as consequências podem ser ainda piores. No entanto, se esses alimentos forem substituídos por opções mais leves, como verduras, nozes, legumes, alimentos a base de soja e cereais, os indivíduos poderão sentir uma melhora progressiva no bem-estar, levando a um aumento da vitalidade.
Outros hábitos, como o tabagismo ou o sedentarismo, também devem ser eliminados, para que a pessoa possa usufruir de sua plena saúde.