Decoração foi tendência global durante a pandemia

Confira ranking de países que mais gastam com decoração no mundo


A decoração esteve em alta durante todo o período de pandemia. Com as pessoas ficando mais tempo em casa, houve a necessidade de adaptar o ambiente doméstico à nova realidade imposta pela obrigatoriedade do isolamento social, que incluiu o home office, por exemplo. Comprar móveis, pintar paredes e instalar prateleiras foram apenas algumas das muitas mudanças adotadas pelos moradores das grandes cidades. 

Essa tendência foi global. Uma pesquisa feita pela Household Quotes revelou os países que mais gastam com decoração por ano. O Brasil aparece no ranking, embora não entre os dez primeiros colocados. Mas é importante mencionar que o setor de decoração teve alta aqui no país, indo na contramão do cenário econômico de recessão. O aumento nas vendas chegou a 4,65%, em relação ao ano anterior.

O Brasil ocupa apenas a 35ª colocação no ranking. Na América do Sul, Argentina e Uruguai ficam bem à frente dos outros países, gastando US$ 580,92 e US$ 295,55, respectivamente, per capita por ano. O campeão geral é a Suíça, dispondo de US$ 1.158,71 para compras no setor anualmente. Considerando a renda da população, a Índia alcança o primeiro lugar. O Malawi é o que menos gasta com decoração, acompanhado de outros países africanos, como Moçambique e Níger.

A decoração não tem só a ver com a compra de mobiliário novo ou com grandes reformas. O movimento "Do it yourself" (faça você mesmo, em português), por exemplo, embora seja uma prática antiga, ganhou popularidade a nível global durante a pandemia. As pessoas colocaram a mão na massa e fizeram elas próprias pequenos reparos em casa, com a ajuda de ferramentas manuais e tutoriais na internet.

Busca por novos ares

A pandemia e a nova realidade que se impôs também impulsionou a busca de brasileiros por novos lares. Com a implementação do home office e a possibilidade de trabalhar a partir de qualquer lugar do mundo, muitas pessoas têm considerado se mudar para espaços maiores - e até mesmo deixar os centros urbanos -, em busca de mais conforto e qualidade de vida. 

Pesquisas já confirmam essa tendência. Um estudo feito pela plataforma Homer mostrou  que, de março de 2020 a junho de 2021, 46% dos corretores de imóveis entrevistados afirmaram que houve um crescimento entre 10% e 30% nas vendas. Para a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), o número de novas residências construídas em 2021 deve ter a maior alta dos últimos oito anos.