Periodicamente, estudos são feitos na atmosfera para medir os níveis de poluição do ar. No início do mês de março deste ano, a NASA divulgou uma imagem feita por satélite que mostrava a quantidade de dióxido de nitrogênio liberada pela China entre janeiro e fevereiro de 2019, comparando com o mesmo período de 2020.
O resultado chocou a mídia mundial, pois a quantidade de poluição chegou praticamente a zero. O motivo, sem dúvida, foi devido ao surto de Covid-19, que levou o país e o mundo a um estado de emergência, mudando comportamentos de toda uma sociedade e provocando a redução da produção industrial chinesa, uma das maiores do mundo.
A partir de então, os estudos não cessaram. Recentemente, o satélite Sentinela-5P, usado pelo programa Copérnico da Comissão Europeia e da Agência Espacial Europeia, revelou que o mesmo fenômeno de diminuição da poluição no ar aconteceu também na Itália. Vale lembrar que, além das indústrias, a pandemia levou as pessoas para dentro de casa, o que impactou diretamente na quantidade de automóveis circulando.
De acordo com estudo feito pelo Centro de Pesquisa sobre Energia e Limpeza do Ar (CREA), cerca de 11 mil mortes foram evitadas na Europa com a queda na concentração de sujeira na atmosfera. Os países que registraram os índices mais expressivos de redução de mortes associadas à poluição foram: Alemanha (2.083), Reino Unido (1.752), Itália (1.490), França (1.230) e Espanha (1.083).
Enquanto isso, no Brasil...
A notícia também é positiva para a atmosfera. Observações dos centros de meteorologia indicam reduções relevantes da poluição atmosférica nos centros urbanos. Conforme dados do CREA, houve uma queda de 77% no nível de dióxido de nitrogênio no Rio de Janeiro, por exemplo.
No entanto, parte considerável da poluição do país decorre das queimadas e compromete a qualidade da respiração de muitas pessoas. Portanto, mesmo que os números sejam positivos, é válido contar com um purificador de ar em casa, de forma a garantir que um ar mais puro chegue aos pulmões.
Outro levantamento interessante, do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), revela que a emissão de poluentes por ônibus de transporte público em São Paulo caiu mais de 50% no período da pandemia de Covid-19, iniciada em março. Foi registrado que as emissões de dióxido de carbono (CO2) caíram 52%; a emissão de material particulado (MP), formado por fuligem, que pode causar problemas cardiorrespiratórios, foi reduzida em 51%; e os óxidos de nitrogênio (NOx), poluentes que causam problemas pulmonares, tiveram suas emissões diminuídas em 56%.