Os trabalhadores dos Correios entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (12) por conta das mudanças no plano de saúde da empresa, que prevê pagamento de mensalidades pelos trabalhadores e retirada de dependentes. A informações foi passada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect).
Segundo a federação, a categoria recebe, em média R$ 1600 - um dos piores salários entre empresas públicas e estatais -, e agora teriam que arcar com mensalidades no plano que poderia chegar a R$ 900. O julgamento do plano de saúde está marcado para está segunda-feira (12), no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Outra reclamação é pelo fato da empresa ter iniciado em 2018 a extinguir o cargo de Operador de Triagem e Transbordo (OTT), considerado importante para o movimento do fluxo postal interno, visando a terceirização nos Correios. E também pela redução da carga horária e os salários dos trabalhadores administrativos, como reflexo da reforma trabalhista. "Para piorar a situação, a empresa também anunciou o fechamento de mais de 2500 agências próprias, por todo o Brasil", diz o Fentect em nota.
Vale do Paraíba Na região do Vale do Paraíba, o sindicato que representa a categoria (Sintect-VP) acredita que haverá grande adesão, pois as perdas no plano médico são grandes e os trabalhadores não tem condições de arcar com o valor.
Algumas unidades já estão em greve desde a meia noite desta segunda, principalmente em São José dos Campos, e outras devem começar a aderir o movimento a partir das 9h, horário que se inicia o funcionamento das agências.