O Instituto Ecofuturo, organização mantida pela Suzano, identificou a presença de uma onça-parda prenhe no Parque das Neblinas. A reserva ambiental, é localizada em Mogi das Cruzes e Bertioga, e em outra área da companhia, em Pindamonhangaba.
O registro foi possível a partir da gestão de 15 câmeras implantadas na reserva, um importante recurso para o registro e monitoramento da biodiversidade no Parque e, também, para contribuir com ações de fiscalização e conservação da área. Através destas armadilhas fotográficas (camera trap), foi possível registrar pela primeira vez, a aparição uma onça-parda (Puma concolor) prenhe.
O flagra da espécie em período de gestação é inédito na área, mas o animal já apareceu outras vezes na frente das lentes do Parque: passeando com filhotes, vocalizando, marcando território, arranhando árvores, entre outros registros.
O mamífero, que é o segundo maior felino das Américas, é classificado como vulnerável. Segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), apesar de estar presente em todos os biomas, sua população encontra-se bastante reduzida: na Mata Atlântica, estima-se que haja apenas 1 mil indivíduos.
A reprodução das suçuaranas, como também são conhecidas, acontece em média a cada 2 anos, e o período de gestação varia aproximadamente entre 80 e 100 dias, podendo dar à luz a até seis crias de uma única vez, embora o mais comum sejam apenas dois. Além disso, são animais muito ágeis - conseguem saltar de alturas de até 5m - e, diferente de outros grandes felinos, como a onça-pintada, eles não esturram ou urram, sua vocalização está mais próxima a um miado.
"A onça-parda precisa de um amplo território para habitar. No Parque das Neblinas temos 7 mil hectares de Mata Atlântica em diferentes estágios de regeneração. Confirmar a presença da espécie prenhe é um indicativo de que seguimos pelo caminho correto nos trabalhos de restauração e conservação da área, pois além de ser um local próprio para sua circulação, é também um ambiente adequado para sua reprodução", afirma Paulo Groke, Diretor Superintendente do Instituto Ecofuturo.
Confira o vídeo pelo canal do Instituto Ecofuturo: