Profissão gamer: como transformar esse hobby em carreira?

Profissão dos sonhos exige dedicação e foco


Cada vez mais se tem falado nos gamers, ou seja, os jogadores profissionais que fazem muito sucesso no mundo inteiro. Eles conseguiram transformar seus hobbies, os videogames, em trabalho profissional, e muitos inclusive são comparados a atletas: há olimpíadas de games disponíveis para várias plataformas em diferentes países.

Essa ideia de que o hobby se transformou em trabalho pode trazer uma ideia de que é uma profissão fácil e confortável, porém é totalmente o contrário disso. É necessário ter foco, dedicação e, principalmente, muita habilidade para se tornar um pro-player reconhecido.

Como está o mercado de gamers no Brasil

O Brasil é um dos países mais promissores do mundo no quesito profissão para pro-players. O país está no top 5 do ranking mundial de maior número de usuários em jogos online, e é o único que representa a América Latina nessa categoria, de acordo com dados da Comscore. Hoje existem mais de 370 empresas de games no Brasil focadas em jogos digitais - algumas destas empresas já arrecadaram mais de R$ 100 milhões por ano.

Alexandre Szykman, professor da Escola Superior de Empreendedorismo (ESE) do Sebrae-SP, ressalta que o mercado gamer possui uma possibilidade gigante de crescimento que com certeza acontecerá pelos próximos anos.

No mundo, os números também são positivos: a Superdata fez uma pesquisa que concluiu que foram gastos, em março de 2020, mais de R$ 56 bilhões em jogos online - o que é um recorde, se comparado ao ano anterior.

Como se tornar um pro-player

O papel de um pro-player é competir em jogos online e campeonatos mundiais - e, normalmente, esses profissionais recebem patrocínios de empresas do ramo gamer e recebem salários que variam de R$ 3 mil a R$ 20 mil, o que é considerado um bom salário, principalmente para os iniciantes. 

No geral, quando algum jogador começa a se sobressair em algum jogo online, há um convite para participar de equipes de e-sports para receber o treinamento de técnicos, os coaches, e estudar estratégias de jogo todos os dias - as famosas gameplays. E, apesar de parecer o sonho de muita gente, trata-se de um trabalho que exige dedicação. Os jogadores sul-coreanos, de acordo com a WeMade Fox, têm uma rotina de trabalho de mais de 12 horas por dia, com pausas para almoço e jantar.

Além disso, é necessário ter equipamentos que suportem os jogos e as plataformas, como ter um PC gamer, uma cadeira ergonômica, além de mouse e teclado adequados, para que a estrutura corporal não seja prejudicada pelo esforço repetitivo. O setup precisa estar saudável e pronto para que você passe longas horas de trabalho jogando.