Trabalhadores suspendem greve na Embraer, mas sindicato diz que segue com a campanha de reajuste

Greve teve início na manhã de ontem (24) por desacordo na campanha salarial


Os trabalhadores da unidade Faria Lima da Embraer voltaram às atividades na manhã desta quarta-feira (25) conforme informou o Sindicato dos Metalúrgicos de São Jose dos Campos e Região - SindmetalSJC. Os funcionários paralisaram os trabalhos na terça (24), após desacordo com a empresa envolvendo a campanha salarial.

Mesmo após a greve suspensa, o sindicato informou que segue a campanha por um reajuste salarial que esteja de conformidade com os interesses da classe. De acordo com o SindmetalSJC, as lideranças sindicais que representam os trabalhadores da Embraer vão se reunir nos próximos dias com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) para negociar o reajuste salarial dos funcionários.

A Fiesp é quem representa os patronais no setor aeronáutico e conduz as negociações. Ontem, após iniciada a paralisação, houve princípio de tumulto na portaria da Embraer, entre trabalhadores e a Polícia Militar, informou o sindicato.

Comunicado da Embraer

"A Embraer informa que a paralisação parcial da unidade Faria Lima, em São José dos Campos, foi suspensa nesta manhã e não há mais bloqueio nas portarias. A decisão ocorreu após os funcionários do primeiro turno e do administrativo entrarem normalmente para o trabalho pela manhã, não aderindo às manifestações organizadas pelo Sindicado dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região na porta da fábrica. Neste momento, a unidade Faria Lima opera com 100% da força de trabalho.

A negociação segue em andamento entre sindicatos, no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). A última proposta apresentada contempla um reajuste salarial de 3,28% relativo à inflação do período, o qual a Empresa já adiantou neste mês, por liberalidade, para todos os funcionários. A Embraer respeita o direito à livre associação e manifestação por parte de seus colaboradores.

Contudo, a Empresa reprova veementemente e lamenta os fatos ocorridos ontem que visam cercear o direito constitucional de ir e vir dos empregados ao criar obstáculos para acesso ao local de trabalho. Informamos ainda que as unidades de Eugênio de Melo e EDE, ambas em São José dos Campos, além de Botucatu, Campinas, Gavião Peixoto, Sorocaba e Taubaté funcionam normalmente."