Mercado competitivo exige novo perfil de advogado


Há algum tempo, possuir formação em Direito e estar atualizado em relação à doutrina e jurisprudência era suficiente para atuar e se obter sucesso na área jurídica, seja como advogado ou exercendo algum cargo em órgãos da justiça. 

Porém, com o passar dos anos, a tecnologia invadiu os escritórios de advocacia, os tribunais e os demais setores públicos jurídicos, fazendo com que outras habilidades se tornassem importantes e até essenciais para o desenvolvimento das funções  destes profissionais. Com a digitalização dos processos, os advogados passaram a ser “bombardeados” com um volume muito grande de dados, exigindo que se tenha boa capacidade analítica e de síntese para filtrar o que é realmente relevante dentre tantas informações, por exemplo.

Um novo profissional para um novo mercado

O Brasil possui mais de 1.200 escolas de Direito, número bem maior do que o de países como Estados Unidos e China. São mais de 800 mil estudantes matriculados e cerca de 713 mil inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) federal, o que confere ao país o terceiro lugar no ranking das nações que mais formam advogados no mundo.

Tendo em vista o volume de profissionais que chegam ao mercado todos os anos, é necessário muita qualificação para se destacar. Mais do que advogados, os escritórios necessitam de gestores com habilidades para estar em sintonia com todas as mudanças tecnológicas da área jurídica para fazer com que o negócio prospere.

O advogado que pretende conquistar seu lugar em um mercado de trabalho tão dinâmico e competitivo, precisa se preparar e desenvolver novas habilidades que até algumas décadas atrás eram impensáveis. Conheça algumas delas. 

Qualidades e habilidades necessárias para os novos advogados

O advogado de hoje precisa ter um perfil mais dinâmico, proativo. É fundamental possuir domínio de programas ou softwares para advogados, além de ser desejável que tenha competências de gestão e empreendedorismo, caso deseje abrir o próprio negócio. Ou seja, é necessário ser um profissional multitarefa.

Grandes escritórios funcionam cada vez mais como empresas, nas quais os gestores não possuem apenas formação em Direito. Demandas complexas e clientes exigentes fazem com o que o mercado fique altamente competitivo e qualquer passo em falso pode ser fatal.

Mas, de forma objetiva, o novo advogado precisa possuir, entre outras, as seguintes habilidades:

-     Capacidade de analisar dados e aplicar estatística no direito, conhecida como jurimetria;

-     Capacidade de trabalhar em equipe;

-     Saber escutar e praticar empatia com os clientes;

-     Formação generalista para resolver demandas mais complexas;

-     Domínio de novas tecnologias e capacidade para inseri-las na rotina do trabalho.

-     Conhecimentos de marketing e gestão;

-     Capacidade de compartilhar conhecimentos.

Cada vez mais, o mercado exige uma formação menos técnica e mais eclética. Softwares inteligentes aplicados à advocacia vieram para ficar. A dica, portanto, é atentar-se às tendências e manter-se sempre atualizado.