A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio das Secretarias de Saúde, Meio Ambiente e Serviços Públicos, divulgou esclarecimentos sobre o uso do fumacê - técnica de nebulização espacial usada no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. O município reforça que a aplicação do produto segue normas técnicas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, sendo autorizada apenas em situações específicas.
Segundo as orientações federais e estaduais (Notas Informativas nº 29/2024 e SEVISA nº 09/2024), o fumacê deve ser utilizado exclusivamente em áreas com transmissão confirmada de dengue, após avaliação técnica e dentro de um plano de bloqueio de transmissão. O uso contínuo ou indiscriminado é contraindicado, já que o inseticida atua apenas sobre os mosquitos adultos que estão em voo no momento da aplicação - não elimina criadouros nem impede a reprodução. O uso inadequado pode ainda gerar resistência do mosquito aos inseticidas, diminuindo a eficácia do controle.
A Prefeitura também explicou que o aumento de mosquitos percebido em diferentes regiões da cidade está principalmente relacionado ao Culex sp (pernilongo comum), espécie que não transmite doenças e não é afetada pelo fumacê, pois o inseticida é específico para o Aedes aegypti.
Para reduzir a infestação e prevenir doenças, o município vem intensificando ações integradas de controle, como vistorias domiciliares, aplicação de larvicidas, limpeza de áreas públicas, desobstrução de galerias pluviais e campanhas educativas junto à população.
A Secretaria de Saúde orienta os moradores a contribuírem com medidas simples de prevenção: manter portas e janelas fechadas à noite, usar telas protetoras e ventiladores, eliminar água parada, aplicar inseticidas comerciais atrás dos móveis e utilizar repelente, especialmente nos horários de maior atividade dos insetos.