Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência apresenta resultado da pesquisa "Pessoas com Deficiência e Emprego"
Pesquisa alcançou mais de 8 mil pessoas com deficiência de todo o estado de São Paulo e levantou dados e informações em relação ao acesso e barreiras dentro do mercado de trabalho
Considerando a histórica exclusão ao acesso e permanência da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, dificuldade intensificada pela crise de desemprego que assolou o país em virtude da pandemia da Covid-19, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo lançou, em dezembro de 2020, pesquisa "Pessoa com Deficiência e Emprego".
A pesquisa, que alcançou mais de 8 mil pessoas com deficiência, abrangeu 282 municípios do estado de São Paulo, mostrando que a maioria das pessoas com deficiência respondentes está localizada na Capital e região Metropolitana (42,80%).
Dividido em quatro blocos, sendo eles "Perfil das pessoas com deficiência respondentes", "Perfil de interesse por cursos de qualificação técnica e empreendedora", "Principais barreiras de acesso e permanência dos trabalhadores com deficiência nas empresas" e "Recomendações gerais dos respondentes", o resultado mostrou que 46,47% possui renda por meio do mercado formal ou informal de trabalho, 35,05% encontram-se desempregados, 12,53% recebem benefícios assistenciais e 3,02% estão aposentados.
Analisando os dados por gênero, é possível observar que das 4.200 mulheres que responderam à pesquisa, 96,57% estão em idade produtiva para o trabalho, cuja maioria possui idade entre 31 a 49 anos (58,45%). Já dos homens respondentes (4.264), 95,8% encontram-se em idade produtiva.
Quanto ao objetivo de ingressar no mercado de trabalho, foi possível identificar que mais de 22% dos participantes da pesquisa buscam independência financeira. Seguido do anseio de construir a carreira profissional, sendo 20,81% das respostas.
Em relação a qualificação profissional, 83,26% das pessoas com deficiência que responderam a pesquisa demonstraram ter interesse em cursos de qualificação profissional, tendo como preferência cursos em formato on-line (55,41%) e optando pelo período noturno (54,9%).
Os dados apontam que do total de pessoas que responderam à pesquisa, 15% das pessoas com deficiência de SP nunca trabalharam no mercado formal de trabalho, destas, 49,04% nunca tiveram oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Além disso, quase 20% do público sente que as empresas não as vêem como profissionais em potencial, prestando atenção à sua deficiência e não à sua habilidade.
"Cada pessoa, com o seu talento, pode e deve desenvolver suas aptidões. E a empregabilidade é o melhor caminho. As empresas precisam entender que as pessoas com deficiência precisam da oportunidade de entrar no mercado de trabalho", ressaltou a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.
"A partir do resultado dessa pesquisa, nós enquanto Secretaria realizaremos durante este ano e o próximo, diversas ações para ampliar e efetivar as oportunidades de trabalho às pessoas com deficiência. Campanhas de sensibilização e ações de qualificação profissional, são alguns dos exemplos de ações para que as pessoas com deficiência sejam cada vez mais bônus para a nação", ressaltou.