Aeronave C-130 Hércules da FAB apoia combate a incêndio na Serra da Mantiqueira

Avião conta com o Sistema de Combate a Incêndio (MAFFS) com capacidade de lançar até 12 mil litros de água por decolagem


A aeronave C-130 Hércules, da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou, no domingo (19) e na segunda (20), da Ala 11 - Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro (RJ), para apoiar as ações de combate ao incêndio na Serra Fina, que fica na Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira, na divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo. A região da Serra Fina fica a cerca de 2.700 metros acima do nível do mar, onde está localizado o 4° maior pico brasileiro e maior do Estado de São Paulo, o Pico da Pedra da Mina.

O C-130 Hércules, operado pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1°/1° GT) - Esquadrão Gordo, utiliza o Sistema de Combate a Incêndio Modular Airborne Fire Fighting System (MAFFS).  O equipamento conta com dois tubos que projetam água pela porta traseira do avião, a uma altura aproximada de 150 pés (cerca de 46 metros). A aeronave tem capacidade de lançamento de até 12 mil litros de água. Além disso, o reservatório em solo tem capacidade para 22 mil litros de água.

De acordo com o Comandante da aeronave do domingo (19), Capitão Aviador Guilherme Guimarães Neto, é uma honra cumprir a missão de grande relevância. "Atuamos em missões no gelo, busca e salvamento, lançamento de paraquedista, transporte de carga, reabastecimento em voo e, hoje, temos a oportunidade de apoiar os esforços dos órgãos de combate a incêndio, de modo a minimizar os danos na Serra da Mantiqueira ", disse.

O Sargento Especialista em Mecânica de Aeronaves Rodrigo Jorge Vieira Lima Faria, também fez parte da tripulação que participou da operação no domingo. "É difícil descrever a honra de participar dessa missão, por saber que a Força Aérea, mais uma vez, demonstra sua disponibilidade à população brasileira", disse.

Nesta segunda (20), integrou a equipe de solo o Sargento Marcos Paulo Siqueira de Souza. Ele participou da missão com a responsabilidade de abastecer a aeronave com água. Para ele, pela urgência da missão, é um orgulho fazer parte da ação. "É uma emoção imensa poder contribuir com esta equipe", disse.

Acionamento

O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), organização da Força Aérea Brasileira responsável pela missão, realizou a coordenação junto ao Ministério da Defesa. Também participam da operação helicópteros da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro.

O Ministério da Defesa foi acionado, neste sábado (18), com o objetivo de realizar o transporte de brigadistas. O apoio das aeronaves das Forças Armadas foi solicitado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Em função das grandes altitudes nas quais o combate ao incêndio está ocorrendo, as aeronaves militares, de maior potência operacional, possuem especial importância. Além do ICMBio, diversas instituições dos estados de São Paulo e de Minas Gerais também atuam na operação, com o emprego de brigadistas e aeronaves.

Preparo

Um dos fatores fundamentais para o sucesso de qualquer missão é o preparo operacional das tripulações. Para atingir alto nível técnico e doutrinário, agindo com a pronta-resposta requerida na execução das ações, os Esquadrões da Força Aérea realizam treinamentos regulares. Neste contexto, o Comando de Preparo (COMPREP) tem papel relevante. Como Comando Operacional encarregado de fixar os padrões de eficiência, planejar o treinamento e avaliar o desempenho das unidades subordinadas, a partir das capacidades definidas pelo Comandante da Aeronáutica, também coordena a formulação da Doutrina Aeroespacial, em consonância com as experiências adquiridas e os sistemas de armas incorporados à FAB.