Chico Teixeira faz show de lançamento de álbum no próximo sábado (8) em Ubatuba

O concerto acontece às 21h, no Teatro Municipal de Ubatuba


O cantor, compositor e violeiro Chico Teixeira acaba de anunciar o show de lançamento do álbum “Raízes Sertanejas ao Vivo”, no próximo dia 8 de setembro, às 21h, no Teatro Municipal de Ubatuba, localizado à 22, Praça Exaltação à Santa Cruz - Centro, Ubatuba – SP.

O local não foi escolhido a esmo, o músico tem uma história muito especial com a cidade. A família Teixeira é de Ubatuba e boa parte dos parentes ainda são moradores da região, desde menino freqüenta bastante e todo seu trabalho musical tem ligação direta com a história familiar, uma vez que seu trisavô montou a primeira banda da cidade, na sala de casa, local em que mantinha também um telégrafo. De  lá ele anunciou em código Morse a proclamação da república. Sua avó cantava nas festas tradicionais e no coral da cidade. Seus tios tocavam violão, e muitos eram ligados à escrita poética.

“Sou bisneto de João Xavier Teixeira (Jango) e de Theodorico de Oliveira, trineto de Benedito Xavier Teixeira, todos músicos e de Ubatuba, fazer o show de lançamento do meu quarto álbum “Raizes Sertanejas” em Ubatuba, tem um significado que vai além do tempo, são as raízes que a gente vai descobrindo no decorrer da vida. As minhas, são frutos plantados por eles. Preservar a cultura, nossa própria história é uma missão muito difícil, sabemos; mas resiste  bravamente com incentivo da Fundart, que assim seja por muitos e muitos anos!”, explica Chico Teixeira.

A performance, em formato bem intimista, terá em seu repertório composições que fazem parte do novo projeto como “Ventania” (Geraldo Vandré – Hilton Acioli), “Eu Apenas Queria que Você Soubesse” (Gonzaguinha) e as autorais “Chama da Floresta” e “Ares do Saber”, bem como a já conhecida “Curvelo”, que pertence ao CD “Mais que o Viajante”.

“Apresentarei as canções do álbum ‘Raízes Sertanejas’ acompanhado de Thadeu Romano (acordeom e piano). Cantarei clássicos que não entraram no disco com arranjos muito bonitos e emocionantes”.

Raízes do campo, do sertão, da fazenda, da fruta colhida da árvore, do cheiro de bolo de fubá assado no forno à lenha enquanto se ouve causos, do café passado na hora e tomado sem pressa, talvez sejam estas as melhores formas de se definir o recém-lançado trabalho pela Kuarup Discos.

O disco de 10 faixas é o 4º álbum da carreira de Chico Teixeira e o lançamento vem após bem-sucedida turnê que passou por todo o Estado de São Paulo. O registro ao vivo no Auditório Ibirapuera foi feito pela equipe da TV Cultura, sob a direção de Mauricio Valim, a mixagem e a masterização ficaram por conta de Alberto Vaz, já a edição foi de Eduardo Xocante, diretor artístico da Rede Globo, em parceria com Ian Segantini. “Deixamos o áudio o mais orgânico possível, fazendo jus à idéia do projeto”.

As canções que integram o álbum pertencem ao imaginário popular, que conta com as participações especiais de alguns dos maiores músicos de raiz deste país, entre eles Sérgio Reis na canção Boiadeiro Errante, do pai Renato Teixeira em Aprendendo a Viver, além disso, algumas pérolas como Merceditas (Ramon Sixto) e Laranja Madura (Ataupho Alves) também estão presentes.

Representante da nona geração de músicos da família Teixeira, Chico nasceu em 22 de janeiro de 1980 e começou a carreira em 2002 com o lançamento do álbum homônimo, gravado apenas com voz e violão. Em 2011, lançou seu segundo trabalho, “Mais que o Viajante”, que contou com participações de Gabriel Sater e Dominguinhos. Em 2017, Chico Teixeira lança “Saturno”, terceiro disco de sua carreira, com músicas em parceria com nomes como Roberta Campos e João Carreiro.

Quando descobriu o violão, aos 7 anos, nem imaginava um dia tocar ao lado de grandes nomes da música brasileira. Foram 15 anos na banda de seu pai Renato Teixeira e outros tantos ao lado de Pena Branca (Pena Branca e Xavantinho), Almir Sater e Sérgio Reis. Em 2012, foi indicado como melhor cantor regional com o álbum "Mais que o Viajante", na 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira.

“Minha história está toda aqui e quero de alguma forma contribuir para o fortalecimento da cultura de Ubatuba! Quero descobrir aonde estão os compositores da cidade, lembrar João Alegre, Seu Chico Alves! Precisamos mexer nessa energia, pois através da preservação da cultura teremos uma sociedade mais integrada e forte para exigir nossos direitos e assim termos uma cidade impecável!”, finaliza.