Joseense é preso após torturar namorada pela internet

O jovem de 19 anos obrigava a namorada a se mutilar e ameaçava expor fotos intimas dela na internet.


Durante uma operação da Polícia Civil, um jovem de 19 anos foi preso por crimes como:  Divulgação de cenas de nudez, induzimento à automutilação, racismo e injúria racial contra uma mineira de 23 anos. O rapaz, residente em São José dos Campos, torturava a namorada pela internet. Ele foi detido em uma casa na zona rural de São José, e seu celular foi apreendido.

 

 

A vítima mantinha um relacionamento virtual com o suspeito entre março e junho do ano passado. Ele utilizava linhas telefônicas internacionais e de outros estados em nome de terceiros para ocultar sua identidade.

Durante o namoro virtual, o suspeito exigia que a jovem se automutilasse, escrevendo com lâminas seu nome digital na barriga e nos seios. Ele ameaçava divulgar dados pessoais da vítima e de sua família caso ela não cumprisse suas exigências, levando-a a filmar as automutilações durante videochamadas. O suspeito gravava essas imagens sem o conhecimento da namorada, de acordo com o delegado do caso, Arthur Benício

Ao descobrir que o suspeito mantinha outro relacionamento virtual, a jovem contatou a outra mulher para informá-la. Em resposta, o suspeito começou a torturá-la, ameaçando divulgar vídeos e imagens de nudez e automutilação, além de prejudicar seus familiares com a exposição de dados pessoais.

O homem exigia que a jovem mentisse para a outra mulher sobre o relacionamento. Quando ela se recusou, ele criou um grupo em um aplicativo de mensagens e compartilhou vídeos e fotos comprometedoras. Para remover as imagens, ele exigiu que a jovem gravasse um vídeo se agredindo e pedindo desculpas. Segundo o delegado Arthur Benício, a motivação do suspeito incluía questões raciais, e a jovem foi alvo de injúrias raciais e apologia ao nazismo.

A vítima foi encaminhada ao IML, onde foram constatadas lesões provocadas por cortes na região dos seios e da barriga. A Polícia Civil de Minas Gerais descobriu que o suspeito já havia sido preso anteriormente em São Paulo e solicitou uma medida cautelar para compartilhar provas, que foi deferida pelo Poder Judiciário. Isso permitiu confrontar as linhas telefônicas e números de IMEI dos dispositivos do suspeito, o que confirmou sua identidade.

O investigado confessou os crimes, alegando que agiu para submeter a vítima ao seu poder e ganhar mais seguidores nas redes sociais. Além disso, ele estava envolvido na veiculação de ameaças de massacres escolares. O homem foi encaminhado ao sistema prisional paulista.