Justiça condena mulher que matou avó de 91 anos para roubar R$ 2.500 em Pinda

O caso aconteceu em 2016, a acusada estrangulou idosa, que sofreu parada cardiorrespiratória


A decisão da Comarca de Pindamonhangaba foi mantida pelos desembargadores da 6.ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenando uma mulher pelo crime de latrocínio ocorrido em 2016. A pena estabelecida foi de 30 anos de reclusão, no regime inicial fechado.

Para subtrair uma quantia de R$2.500 que estavam guardados, a neta golpeou e estrangulou a própria avó de 91 anos, que sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a óbito.

As informações foram divulgadas no site do Tribunal de Justiça. A acusada 'tinha plena ciência da idade e condição de saúde extremamente frágil da avó, assumindo o risco de praticar a conduta sob exame', destacou o relator do recurso, desembargador Antonio Carlos Machado de Andrade, em seu voto.

No laudo de exame necroscópico a causa da morte teria sido "infarto do miocárdio", mas, de acordo com o médico legista, a idade da vítima "foi um fator determinante para a produção do resultado morte, ressaltando que uma descarga de adrenalina, assim como uma situação de forte emoção, seja ele de estresse verbal ou agressão física, poderia ocasionar o infarto".

O laudo também apontou a presença de sinais de lesões no pescoço da idosa e marcas de defesa no mesmo local.

O magistrado destacou que, de acordo com os depoimentos de testemunhas, a motivação do crime foi mesmo adquirir o dinheiro. "A subtração patrimonial foi comprovada, já que conseguir certa quantia foi o motivo que levou a apelante à residência da vítima e a produção do resultado morte ocorreu."

O julgamento, unânime, teve a participação dos desembargadores Marco Antonio Marques da Silva e Zorzi Rocha.