PM e agente penitenciário confessam assassinato em Taubaté

Os suspeitos confessaram o crime e informou que outros dois homens ajudaram na ação


Um policial militar e um agente penitenciário foram identificados como suspeitos de autoria da morte de um morador de rua no dia 31 de janeiro, no bairro Pinheirinho, em Taubaté (SP). A dupla foi identificada no sábado (2), de acordo com a Polícia Civil, confessou o crime.

Câmeras de segurança e testemunhas ajudaram a identificar a dupla. A polícia ainda informou que no dia anterior ao fato, um veículo havia arrebatado o morador de rua próximo à Rodoviária de Taubaté. Por meio de um vídeo de segurança, foi possível identificar a placa do automóvel.

Ao ser abordado pelos policiais civis, o PM - que atua em São Paulo - disse que o carro estava com o irmão, que trabalha como agente penitenciário na região de Taubaté. Inicialmente eles negaram o envolvimento, mas uma pericia identificou marcas de sangue no interior do veículo. O carro foi apreendido.

Confrontados com as evidências, eles confessaram o assassinato, indicaram que mais dois homens participaram da ação e foram indiciados por homicídio qualificado. Por ter confessado o crime e cooperado com a investigação, eles não foram presos.

Em depoimento o policial militar disse que o morador de rua era usuário de drogas e, fazia ameaças à esposa dele, que é atendente em um comércio. Ele disse que a intenção do grupo era apenas assustar a vítima.

Um laudo ainda vai apontar a causa da morte, mas de acordo com com informações preliminares, o morador de rua tinha diversas marcas de hematomas pelo corpo. Não havia sinais de perfurações.

Além dos resultados dos laudos da Polícia Técnica e do Instituto Médico Legal, a polícia trabalha na identificação dos outros dois envolvidos para concluir o relatório final do inquérito, previsto ainda para esta semana.

Em nota, a Polícia Militar informou que a instituição acompanha o esclarecimento das apurações para adotar as medidas que se fizerem necessárias. A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que repudia qualquer tipo de desvio de conduta dos funcionários, ainda que não praticado durante o exercício da função, como no caso.