Javier Milei é eleito presidente da Argentina, derrotando Sergio Massa, atual ministro da Economia, por uma margem de mais de 11 pontos. A vitória de Milei representa uma mudança notável para o peronismo, com 55,69% dos votos em 99,28% das urnas apuradas. Massa admitiu a derrota antes da divulgação da primeira parcial.
Em seu discurso após a eleição, Milei afirmou que "hoje termina uma forma de se fazer política e começa outra". A virada no segundo turno é um feito raro, comparável à eleição de Mauricio Macri em 2015.
Antes do resultado final, a campanha de Milei afirmou a transparência nas eleições, embora isso contradiga declarações anteriores e leve à convocação da autoridade eleitoral para esclarecimentos.
O atual presidente argentino, Alberto Fernández, anunciou o início da transição a partir de segunda-feira (20).
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejou "boa sorte" ao novo governo argentino sem mencionar o nome de Milei. O governo brasileiro aconselhou a evitar provocações, considerando o apoio de Lula a Massa durante a campanha.
Milei destacou-se ao longo da campanha ao empunhar uma motosserra, simbolizando a promessa de cortar despesas governamentais, eliminar subsídios públicos e desafiar o status quo. A plataforma de seu partido, La Libertad Avanza, propõe cortes nos gastos públicos, redução de impostos, flexibilidade nos setores de trabalho, comércio e finanças, mudanças nos fundos para reformas e pensões, redução de ministérios para oito e o fim gradual dos planos sociais.
Propostas polêmicas, como a dolarização da economia, solidificaram a posição de Milei como uma novidade na política argentina nas eleições de outubro de 2023.