Temas como segurança pública e combate à corrupção levaram o eleitorado brasileiro a eleger pelo menos 8% dos 961 candidatos militares que disputaram as eleições deste domingo (7). Esses candidatos acabaram se destacando em todos os estados e para todos os cargos em disputa, a começar pela Presidência da República, que será definida em segundo turno entre o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL) e o professor Fernando Haddad (PT).
O Vale do Paraíba também elegeu seu representante militar. O ex-comandante do CavEx (Comando da Aviação do Exército de Taubaté, General Sebastião Peternelli (PSL) foi eleito deputado federal e vai representar a região na bancada paulista.
Três estados vão eleger, em segundo turno, o novo governador com pelo menos um militar na disputa. No Rio de Janeiro, um resultado inesperado colocou o ex-fuzileiro naval Wilson Witzel (PSC), um novato na política, na disputa com o ex-deputado e ex-prefeito da capital Eduardo Paes, que concorre pelo DEM. Também há militares entre os nomes que concorrem ao governo de Rondônia e de Santa Catarina.
Ao todo, em um levantamento que considera apenas os que se declararam militares, é possível apontar pelo menos 79 nomes confirmados também para cadeiras no Congresso Nacional e nas assembleias legislativas. Entre estes, já estão asseguradas duas vagas no Senado e 22 na Câmara. Nos estados, o número passa de 60 parlamentares.
A Região Sudeste teve o maior número de militares eleitos no primeiro turno. Entre os eleitos para todos os cargos, há 40 nomes confirmados, além do já citado Wilson Witzel (PSC) que passou para a disputa do segundo turno no Rio de Janeiro.