Artigo - Mercado estremece com delação e só um pacto pode salvar o "sistema"

Brasil ainda está longe de entender a convivência com a democracia


O mercado financeiro estremeceu mais uma vez ao receber impactos da política brasileira. Em sua delação premiada, o empresário Emilio Odebrecht diz o que já se sabia: há 30 anos está aí esse bando, na ironia, no deboche, na prática de locupletar-se com o dinheiro público enquanto o povo se descabela no desemprego.

O tempo, senhor absoluto da verdade, escancarou que o Brasil ainda está longe de entender a convivência com uma democracia, seus direitos consticionais e, mais importante, seus deveres e responsabilidades na construção de uma sociedade mais humana e mais justa. Após o regime militar, tão contestado, temido e criticado, instalou-se o covil para a alternância de poder entre esses senhores que levaram e levam o país à uma exposição mundial vergonhosa. 

E como disse o próprio delator, a prática da corrupção, lavagem de dinheiro, caixa 2, etc e tal, é algo intrínseco no caráter de quem busca o poder, é inerente e, por conseguinte, torna-se “institucional”. É normal para PT, PSDB e PMDB, principalmente, copular com seus parceiros nessa bruxaria palaciana enquanto o povo observa tudo do lado de fora, povo aliás que em boa parcela engalfinha-se na defesa de seus “ídolos de panos”, sejam sociólogos, damas de ferro ou pixulecos.

Enquanto isso, o mercado financeiro estremece com mais essa lista de “notáveis” da podridão política brasileira. O país rebaixado em sequência na sua credibilidade pelas agências de rating, o que faz com que o investidor estrangeiro recue atemorizado.

O Rio de Janeiro é prova cabal de uma gestão desastrosa, um estado de falência declarada e sem dinheiro para pagar os aposentados. Enquanto isso, instala-se os bolsões de miséria em pleno seio das grandes metrópoles. Nas periferias, as milícias de “tranca- rua” vendem segurança, a mesma segurança que o estado não consegue oferecer. Esse é o cenário de uma nação exposta ao ridículo e alvo de piadas no exterior.

Por fim, como já previsto, a "confraria" se reúne por um pacto com um único e emergencial propósito: salvar essa elite perniciosa que é alvo das delações. Negociação à vista, pela continuidade do “sistema”!

Faliu a Democracia ou o Brasil mostrou a sua cara?!!