Posse de Bolsonaro é marcada por quebras de protocolo e promessa de "restabelecer ordem" no país

Primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teve papel importante durante a cerimônia


Jair Bolsonaro (PSL) que foi eleito presidente com 57,8 milhões de votos no 2º turno em outubro, participou da cerimônia de posse em Brasília, na tarde desta terça-feira (1).  Ele tomou posse como o 38º presidente da história do país em sessão no Congresso. 

Desde os primeiros preparativos para a cerimônia de posse, o desfile em carro aberto era dúvida por uma questão de segurança, devido ao atentado sofrido durante a campanha, no dia 6 de setembro, em Juiz de Fora (MG). Mas para surpresa do público que aguardava ansiosamente pelo momento, o presidente desfilou em um Rolls-Royce modelo Silver Wraith conversível, acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e do segundo filho mais velho, Carlos Bolsonaro.

O cortejo percorreu a Esplanada até o Congresso depois de um cumprimento e rápida conversa com o padre João Firmino, pároco da Catedral. Durante o desfile o público entoava dizeres como "mito" e "o capitão voltou". Bolsonaro ficou emocionado no trajeto.

Às 15h chegou à mesa do Plenário da Câmara onde assinou o termo de posse e discursou por aproximadamente dez minutos.

Em seguida, o cortejo partiu para o Palácio do Planalto, onde o presidente recebeu a faixa presidencial das mãos de Michel Temer, acompanhado da mulher Marcela Temer. 

As quebras de protocolo ficaram por conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro que discursou antes do presidente e em libras. Durante a mensagem de agradecimento, foi ovacionada pela multidão e interrompeu o discurso para dar dois beijos ao marido.

O novo presidente discursou por mais oito minutos após receber a faixa presidencial. Na fala, Bolsonaro  reafirmou que implementará as reformas necessárias para o país avançar e disse que "começou a se livrar do socialismo", além de ser "urgente acabar com a ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".

Jair entoou por diversas vezes o  slogan de sua campanha "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos" e disse que irá "restabelecer a ordem  neste país".

Após discursar, o presidente seguiu para os cumprimentos das autoridades internacionais presentes, como Evo Morales, presidente da Bolívia, primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, entre outras.

Depois da cerimônia e dos cumprimentos, aconteceu a posse dos 21 ministros de primeiro escalão do governo de Bolsonaro.

Até as 17h45, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal contabilizava 93 atendimentos na área da Esplanada dos Ministérios. Dez pessoas foram levadas ao hospital, em casos "sem gravidade". As maiores queixas eram de desidratação, hipoglicemia e "mal súbito".