Um estudo feito pela Universidade da Califórnia, e publicado na revista PNAS, aponta que cerca de 2 bilhões de pessoas viverão em lugares com temperatura média de 29° C, até o ano de 2100. Atualmente, aproximadamente 30 milhões de pessoas vivem essa dura realidade, principalmente no Saara e na Costa do Golfo.
Crise climática: uma emergência global
Em dias quentes e secos, as pessoas buscam as mais diversas alternativas para driblar o calor intenso. Alguns aderem ao ar-condicionado, outros preferem ventiladores. E isso acontece com frequência, afinal, a temperatura do planeta Terra não para de subir.
No entanto, para além disso, o fato é que a degradação do meio ambiente provocada pela crise climática ganhou força a partir da Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII. Desde então, os níveis de dióxido de carbono (CO2) aumentaram consideravelmente, atingindo níveis perigosos.
O CO2, mais conhecido por gás de efeito estufa, tem o objetivo de manter o planeta aquecido. Sem ele, a Terra ficaria gelada demais, impossibilitando a vida humana. Mas o excesso de gases formadores do efeito estufa (GEEs) tende a superaquecer o planeta. Não apenas a atmosfera terrestre, como também os oceanos sofrem as consequências.
A seguir, veja a lista feita pelo Protocolo de Kyoto sobre as atividades que aceleram o aquecimento global:
Queima de combustíveis fósseis;
Poluição produzida por veículos;
Atividades de indústrias;
Pecuária;
Desmatamento;
Descarte de lixo.
O que tem sido feito para desacelerar o aquecimento global?
A ratificação aconteceu em 1999, por 55 países que correspondem a 55% da emissão dos gases, mas só entrou em vigor a partir de 2004, com a inserção da Rússia. Vale destacar que nações como Brasil, Alemanha, França, Itália e Noruega assinaram e protocolaram o acordo. Por outro lado, Afeganistão, Iraque, Sérvia e Vaticano ficaram de fora.
O protocolo possui metas a serem cumpridas pelos países participantes. Aos desenvolvidos e industrializados ficou definida a redução de 5,2% de emissão de gases. Para Japão e membros da União Europeia, a porcentagem era de 7% a 8%, nessa ordem.
Enquanto isso, o Protocolo de Kyoto não impos metas a Brasil, China e Índia, três países em desenvolvimento e membros do BRICS, grupo de países de mercado emergente. Sendo assim, as medidas adotadas por eles são voluntárias.
Aquecimento global e a saúde das pessoas
O aquecimento global não apenas traz riscos ao planeta, como também a população mundial. Na sequência, veja consequências das mudanças climáticas para os seres humanos.
Problemas respiratórios
A alta concentração de dióxido de carbono tem influência direta na aparição de problemas respiratórios. As mais comuns são: asma, bronquite, sinusite, rinite e até mesmo pneumonia. Os problemas se intensificam nas grandes cidades, onde a poluição é intensa. De acordo com o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 50 mil cidadãos brasileiros morrem todo ano por conta da poluição.
Doenças cardiovasculares e AVC
O aquecimento global também contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC). Afinal, a combinação das altas temperaturas com a baixa qualidade do ar promove a sobrecarga do sistema nervoso.
Câncer de pele e catarata
O aquecimento global promove a diminuição da camada de ozônio, que serve para proteger os humanos dos raios UV. A defasagem dessa proteção faz com que os raios cheguem com maior intensidade à superfície da Terra.
Esses raios agridem a pele, causando queimaduras. Longos períodos de exposição solar sem proteção contribuem para o desenvolvimento de câncer de pele. Além do protetor solar, vendido em farmácias, roupas de algodão e óculos escuros são métodos eficientes para evitar agressões à pele.
Como a população pode contribuir para evitar o aquecimento global?
Cada pessoa pode colaborar para evitar que a Terra siga esquentando. Ações simples, mas efetivas ajudam a saúde do planeta.
A primeira delas é diminuir a geração de resíduos, reduzindo o desperdício de alimentos e também o uso de plástico. Na hora de descartar o lixo, o ideal é separar o lixo seco (reciclável), do lixo úmido (orgânico).
Escolher bens duráveis, ao invés de produtos descartáveis é mais uma maneira de ajudar o meio ambiente. Assim como o uso consciente dos recursos, dosando o consumo de água, madeira, papel, energia elétrica e plástico. Pequenas ações, como as citadas, fazem a diferença.