A Árábia Saudita anunciou nesta segunda-feira (9) que vai elevar sua produção petrolífera para aumentar a participação do país no mercado. Os sauditas pretendem, a partir de abril, aumentar a produção para um volume diário acima de 10 milhões de barris. Com isso, o preço do barril de petróleo - que já vinha sendo praticado com sobreoferta - sofreu hoje uma queda vertiginosa de cerca de 30%.
No mercado, a decisão do país árabe foi vista com perplexidade, já que representa o maior recuo de preços desde a Guerra do Golfo em 1991. Com o corte do preço nos contratos, os sauditas sinalizam a abertura de uma guerra de preços entre os grandes produtores mundiais.
No Japão, em meio ao temor de que o surto do coronavírus deva causar um grave revés na economia global, o índice chave da Bolsa de Valores de Tóquio fechou abaixo dos 20 mil pontos. O Nikkei 225 perdeu 1.050 pontos em relação à sexta-feira e fechou o dia em 19.698 pontos.
A moeda japonesa alcançou seu nível mais alto em relação à moeda americana desde novembro de 2016. O iene avançou em mais de 3% em relação ao dólar no mercado de câmbio de Tóquio hoje. Segundo os analistas, os investidores estão em pânico e se apressaram para vender dólares e comprar ienes. Todos temem que a disseminação do coronavírus impacte gravemente a economia global, incluindo os Estados Unidos.
No Brasil, a moeda norte-americana chegou a ser cotada R$ 4,7921 na manhã desta segunda-feira (9). Preocupado com com o impacto causado no mercado, o Banco Central cancelou a venda de US$ 1 bilhão programado para esta segunda e promoveu um leilão de venda à vista de até US$ 3 bilhões.