Justiça do Japão pede prisão de brasileiro que dirigia a Nissan

Há três dias, Carlos Ghosn foi preso sob a acusação de subestimar sua renda em 5 bilhões de ienes nos relatórios de valores mobiliários.


A Promotoria de Justiça de Tóquio, no Japão, que determinou a prisão do franco-brasileiro Carlos Ghosn, o ex-CEO [executivo] da Nissan Motor, por maquiar dados sobre lucros, investiga novas suspeitas de irregularidades.

Ghosn é suspeito de instruir diretamente um assessor, por e-mail, a pagar US$ 1,5 milhão para reformar sua casa, no Líbano.

Há informações de que Ghosn enviou um e-mail orientando um assessor para providenciar o pagamento para a casa do Líbano, levantando dúvidas sobre sua conduta como executivo.

De acordo com dados, ainda sob apuração, o imóvel foi comprado por US$ 9 milhões. Pelo menos R$ 6 milhões foram gastos nas reformas.

Ghosn nega que tenha transmitido orientações via e-mail ao diretor-representante da Nissan, Greg Kelly. Kelly está detido por seu envolvimento na alegada má-conduta financeira.

Há três dias, Ghosn foi preso sob a acusação de subestimar sua renda em 5 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 44 milhões), nos relatórios de valores mobiliários.

Ghosn foi acusado de fazer a Nissan comprar residências de luxo para ele usando os fundos de investimento da empresa, inclusive no Rio de Janeiro, Brasil e Beirute, no Líbano.