Em mais um capítulo do impasse com a MWL, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vai ajuizar, nesta quinta-feira (22), uma ação de dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT), em Campinas.
A decisão foi tomada após a empresa não ter cumprido o compromisso de negociar com o Sindicato, na manhã de hoje.
A reunião estava marcada para as 9h, mas o presidente da empresa não compareceu. O Sindicato ainda insistiu ao longo do dia, na tentativa de retomar as negociações, mas sem sucesso.
Segundo o vice-presidente do Sindicato, Renato Almeida, o dissídio é um dos instrumentos para garantir o direito dos trabalhadores.
Os metalúrgicos da MWL completam hoje um mês em greve. Eles reivindicam garantia de pagamento das verbas rescisórias, em caso de fechamento da fábrica.
"Não vamos recuar nem medir esforços para resguardar os direitos dos trabalhadores e fechar um acordo com a administração da empresa. Os metalúrgicos já mostraram que estão mobilizados e com disposição de luta", disse.
Entenda
A reunião que aconteceria hoje ficou definida na audiência de conciliação, que ocorreu na terça-feira (20), no TRT. Como não houve acordo entre a MWL e o Sindicato, a desembargadora Tereza Asta Gemignani propôs a continuidade das negociações.
A empresa pode receber uma ordem de despejo, a qualquer momento, por conta de uma dívida de R$ 11 milhões referentes a alugueis em atraso. O despejo pode fazer a fábrica fechar as portas e demitir os 237 trabalhadores.