A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou na semana passada que já definiu a banca organizadora do concurso da Polícia Rodoviária Federal (PRF), último trâmite que faltava para a publicação do edital. A entidade policial avisou que agora só falta a dispensa de licitação e o extrato do pagamento à empresa que vai organizar a prova saírem no Diário Oficial da União para os candidatos saberem o calendário do exame.
No entanto, já se sabe que a diretoria da Polícia Rodoviária Federal não conseguiu adicionar mais 500 vagas na convocação. Há dois meses, o diretor-geral da entidade, Renato Dias, negociou com o governo a inclusão de mais lugares para evitar que o número de contratações fosse inferior ao de aposentadorias previstas para o fim de 2018, mas não obteve sucesso.
De acordo com o Painel Estatístico de Pessoal (PEP) do Ministério do Planejamento, foram 738 aposentadorias desde que o último exame foi realizado. Só no ano passado, 374 pessoas deixaram a organização e, em 2018, a expectativa é de que outros 189 servidores saiam da ativa. O concurso PRF pretende chamar 500 novos agentes, deixando um déficit de 238 vagas para o futuro.
Na mesma direção da diretoria da PRF, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) negociou com o Ministério do Planejamento para incluir mais vagas no concurso, mas com volumes mais altos: a entidade pediu um total de 3 mil lugares novos para que a entidade operasse com capacidade completa.
Para a FenaPRF, o déficit é bem maior do que o anunciado pela entidade, chegando a 2.954 servidores. Apesar das constantes negociações, a portaria do ministério confirmou apenas as 500 vagas. Todas serão para Policial Rodoviário Federal, com salário que passará para R$ 10.357,88 a partir de 2019 – já contabilizando os R$ 498 do auxílio-alimentação. Os candidatos precisam ter ensino superior em qualquer área e CNH na categoria B.