Trabalhadores da fábrica Novelis, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação pela Campanha Salarial nessa sexta-feira (13).
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, existe uma garantia conquistada no ano passado do reajuste da inflação, de 2,94%, e um aumento real de 0,5%. Mas, de acordo com o secretário geral da entidade Odirley Prado, dirigente sindical na Novelis, a categoria acredita que essa proposta ainda não corresponde à realidade da fábrica.
"A Novelis não parou de produzir um minuto sequer, nem no auge da pandemia. A empresa tem mantido produção cheia, vários meses batendo recorde. Vamos sim buscar um abono salarial ou alguma outra proposta que seja coerente com a realidade da empresa", disse.
Desde julho, a categoria também discute problemas na PLR (Participação nos Lucros e Resultados). A Novelis atua no ramo do alumínio e emprega atualmente 1.300 pessoas em Pinda. Ela é subsidiária da Hindalco, a maior empresa do grupo indiano Aditya Birla.
Em nota, a empresa declarou:
A Novelis informa que o Sindicato dos Metalúrgicos promoveu uma breve manifestação no turno das 7h da fábrica de Pindamonhangaba, nesta sexta-feira, 13 de novembro. O movimento, no entanto, não impactou as operações da empresa.
Com a pandemia decorrente do novo coronavírus, alguns ajustes foram necessários por parte da empresa face à nova realidade de queda temporária de demanda. A empresa priorizou a manutenção de todos os postos de trabalho e não recorreu à possibilidade de redução salarial. Após negociações envolvendo representantes do Sindicato dos Metalúrgicos, a Novelis, inclusive, decidiu manter o Programa de Participação nos Resultados (PPR). A reinvindicação pelo pagamento do abono salarial, no entanto, não foi validada pela empresa.
A Novelis reitera seu compromisso com seus profissionais e com a sociedade, respeita as atividades desenvolvidas pelos sindicatos de classe, prezando o diálogo transparente entre as partes e se coloca à disposição para outros esclarecimentos.