O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região propôs, em audiência de conciliação realizada nesta terça-feira (22), o cancelamento de 502 demissões feitas pela Embraer e a adoção de layoff como forma de se preservar os empregos.
O número total de demissões é de 2500, entre elas 900 sem PDV. Entretanto, uma parcela significativa ja negociou com a empresa. Os 502 trabalhadores representados hoje, se referes àqueles representados pelos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos e Araraquara. Deles, 470 são metalúrgicos das unidades de São José e 32 são de Gavião Peixoto (base sindical de Araraquara). Os metalúrgicos são categoria preponderante na Embraer.
A Justiça deu prazo de uma semana para a Embraer avaliar a proposta ou apresentar uma alternativa de conciliação para manter os postos de trabalho. Uma nova audiência foi agendada para o dia 29, às 16h30. Caso a empresa não ceda ou avance para construir um acordo, o processo será levado a julgamento.
A proposta da desembargadora vice-presidente judicial do TRT-15, Tereza Asta Gemignani, coincide com cláusula do acordo coletivo assinado em abril pela Embraer e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Para propor o layoff, a desembargadora considerou a relação 'custo-benefício' que este programa geraria para a empresa e as perspectivas de retomada da Embraer. A alta qualificação dos trabalhadores foi apontada como argumento, bem como o custo que a própria empresa teve para formar esses profissionais. Para a desembargadora, a demissão seria um "desperdício", por isso considerou que é possível abrir o layoff.