Ainda nessa semana, os vereadores de Taubaté acompanharam a assembleia realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté na Avenida do Povo contra o fechamento da unidade da Ford no município. Os parlamentares apoiaram os trabalhadores e se prontificaram a dialogar com Sindicato, dirigentes da montadora e representantes do poder público para buscar soluções.
"A Câmara Municipal está à disposição do Sindicato para conversar e tentar auxiliar da melhor maneira possível, dialogando para que a gente chegue a uma solução que possa dar mais conforto para eles, já que é uma notícia triste (da saída da Ford Taubaté). Isto vai impactar na economia e comércio, já não bastava a pandemia e, agora, este fechamento", afirmou o presidente da Câmara, Paulo Miranda (MDB).
Além do presidente da Casa, os vereadores Jessé Silva e João Henrique Dentinho, do PL, Marcelo Macedo (MDB), Neneca Luiz Henrique (PDT), Richardson da Padaria (DEM) e Talita Cadeirante (PSB) acompanharam a assembleia.
Na terça-feira, 12, o presidente da Câmara encaminhou um ofício ao gerente-geral da Ford, Guilherme Neto, pedindo que reveja a decisão de fechar a unidade no município.
Sindicato
Os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (14), solidariedade e apoio à luta contra a saída da Ford do Brasil e o consequente fechamento de suas plantas no país. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos defende a estatização da Ford.
A assembleia, realizada no estacionamento da portaria 4, reuniu cerca de 1.500 trabalhadores do primeiro turno. Os metalúrgicos mantiveram o distanciamento e utilizaram máscaras para se prevenirem do contágio do coronavírus.
O fechamento da Ford no Brasil levará à demissão de 5 mil trabalhadores diretos, sendo que 830 são da unidade de Taubaté. O presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, defendeu durante a assembleia a estatização da Ford no país como forma de manter os postos de trabalho.
Filiado à CSP-Conlutas, o Sindicato também defende a urgência de todas as centrais sindicais organizarem não só a luta dos trabalhadores, mas de toda população, para que haja uma pressão popular contra o fechamento da Ford.
"Continuamos na campanha somando esforços para buscar evitar o fechamento da Ford e a perda de milhares de empregos. É nossa reivindicação que o governo de Jair Bolsonaro estatize empresas que realizem demissão em massa. A luta continua", afirmou o diretor do Sindicato e trabalhador da GM Valmir Mariano da Silva.