Museu Nacional prevê encerrar obras da fachada ainda em 2021

O patrimônio recebeu a doação de 27 peças do Império Romano e Grécia Antiga


O cronograma das obras de reconstrução do Museu Nacional prevê entregas para este ano. Em julho, terminam os trabalhos de higienização e proteção para recuperar os elementos históricos e artísticos que resistiram ao incêndio do dia 2 de setembro de 2018, do Palácio de São Cristóvão e do Jardim das Princesas, sede do museu.

Entre os bens em trabalho recuperação estão pisos, tronos, fontes, guirlandas, pinturas, murais, ornamentos de salas e jardins históricos.Em agosto, será a vez do início das obras nas fachadas e coberturas do Palácio São Cristóvão, o bloco 1 do museu, que pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nesta quarta-feira (9), o Museu Nacional anunciou que recebeu a doação de 27 peças datadas dos períodos clássicos grego e romano pelo diplomata aposentado e escritor gaúcho Fernando Cacciatore de Garcia. Entre elas, há peças em mármore, cerâmica, vidro, bronze, prata e terracota, todas de importante valor histórico e científico. A peça mais antiga, de 550 a.C., é um tijolo arquitetônico que ornamentava um templo na Grécia Oriental, território que, atualmente, pertence à Turquia.

Tijolo arquitetônico, de 550 a.C - Greco-RomanaTijolo arquitetônico, de 550 a.C - Greco-Romana (Foto : Agencia Brasil)

Obras e prasos

As obras nos jardins históricos e o desenvolvimento do projeto de museografia começam ainda no segundo semestre. Para novembro, está previsto o fim da reforma da Biblioteca Central do Museu Nacional, considerada uma das mais importantes do Brasil, com um acervo de 500 mil livros, sendo 1.500 peças raras.

A biblioteca foi fundada em 1863 e na maior obra de reforma e ampliação do prédio estão sendo feitos os serviços de recuperação estrutural, impermeabilização, reforma do auditório, ampliação e modernização das salas de guarda, aulas e leituras. A obra inclui ainda a instalação de rede de dados, segurança, câmeras e um moderno sistema de prevenção e combate a incêndio.

"Nós esperamos que em 2022 toda a área acadêmica já esteja funcionando no novo campus de ensino e pesquisa do Museu Nacional", disse a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, ao anunciar a doação de 27 peças do Império Romano e Grécia Antiga, pelo diplomata aposentado e escritor gaúcho Fernando Cacciatore de Garcia.

A reitora da UFRJ disse que por causa da pandemia houve um certo atraso nos trabalhos, mas que foi mantido o cronograma da principal meta. "Em 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, fazermos a entrega das obras da fachada e da cobertura do bloco 1 e dos jardins. Apesar de um pequeno atraso, a gente ainda tem isso como meta e vamos conseguir atingir", assegurou. Para 2023, a reitora espera o término das fachadas e cobertura dos blocos 2, 3 e 4, para que a obra do interior do Palácio de São Cristóvão comece a ser executada em 2024 e posterior entrega do prédio restaurado em 2025.

 

*Com informações da Agência Brasil.