Santo Antônio do Pinhal sedia a 7ª FLIMA de 15 a 18 de maio

Com uma programação recheada de 60 atividades literárias e artísticas gratuitas, o tradicional evento de Santo Antônio do Pinhal promete encantar o público com feira de livros e shows musicais.


De 15 a 18 de maio, Santo Antônio do Pinhal, no interior de São Paulo, será palco da sétima edição da FLIMA (Festa Literária da Mantiqueira), um evento que este ano debate o tema "Deslocamentos e Pertencimentos". A festa literária oferecerá 60 atrações gratuitas para todas as idades, mesclando literatura e arte em diversos pontos da cidade. A programação vibrante inclui desde shows musicais que prometem animar as noites de outono na serra, com artistas como o sírio Rajana Olba e o mestre do forró Zé Pitoco, até uma feira de livros com mais de 30 expositores.

Um dos pontos altos da FLIMA serão as 11 mesas literárias no Auditório Municipal, que abordarão temas relevantes e atuais como migração, mudanças climáticas, feminismo, religião e identidade, sob a curadoria de Cristiane Tavares, Maria Carolina Casati e Roberto Guimarães. Este último destaca a pluralidade de vozes e a transversalidade dos assuntos como um convite a encontros significativos entre a literatura, a realidade e a sensibilidade, fomentando discussões cruciais sobre o mundo contemporâneo.

O evento contará com a presença de renomados nomes da literatura e do cenário cultural brasileiro, como o aclamado escritor Milton Hatoum, o jornalista internacional Jamil Chade, a escritora e roteirista Tati Bernardi, o ambientalista e escritor Kaká Werá, e a pesquisadora e escritora Luciany Aparecida, entre outros. A diversidade musical também será um destaque, com apresentações que vão do som oriental de Rajana Olba ao forró de Zé Pitoco, passando pela música nordestina de Juliana Linhares e os ritmos latinos da banda Quimbará.

A abertura oficial, na quinta-feira (15), às 19h, presenteará o público com o recital "Retrato sonoro de um certo Oriente", de Rajana Olba, seguido pela mesa de debate "Distopia americana: Trump e a nova (des)ordem mundial", com Jamil Chade. A programação prossegue na sexta-feira (16) com discussões sobre a ciência e o universo indígena na mesa "Ciência encantada: nos caminhos de Jurema", que contará com o lançamento do livro homônimo de Marcelo Leite, além da participação da líder indígena Chirley Pankará. Outras mesas explorarão a relação entre território, poesia e a crise climática.

O sábado (17) será dedicado a temas como espiritualidade, migrações forçadas e as fronteiras da literatura, culminando com a esperada homenagem ao escritor Milton Hatoum na mesa "Manaus é um mundo". No domingo (18), encerrando o evento, o público poderá acompanhar debates sobre feminismo com Milly Lacombe e Bianca Santana, e sobre a visão feminina com o lançamento do novo livro de Tati Bernardi, "A boba da corte".

A FLIMA 2025 também promoverá a bibliodiversidade através de uma feira de livros com cerca de 30 estandes, oferecendo uma programação paralela rica em lançamentos, sessões de autógrafos, rodas de conversa e oficinas. A Livraria Mantiqueira será a livraria oficial do festival.

A escolha de Milton Hatoum como autor homenageado, segundo Roberto Guimarães, reforça a proposta da FLIMA de explorar as múltiplas facetas da identidade brasileira e os impactos das migrações, temas recorrentes em obras como "Dois Irmãos" e "Cinzas do Norte", que serão amplamente discutidos durante o festival.