27 de Setembro - Dia Nacional de Doação de Órgãos

De acordo com dados da Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde, no ano passado o Brasil realizou mais de 26,5 transplantes


Nesta sexta-feira, 27 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Doação de Órgãos, data criada para chamar a atenção das pessoas para a importância da ação de doar vida a quem precisa. Para ser um doador é preciso comunicar essa possibilidade aos familiares. É possível também doar alguns órgãos em vida, como a medula óssea e órgãos duplos, como os rins, que permitem que o doador continue a vida com saúde, mesmo após o transplante.

Em 2018, o Brasil realizou mais de 26,5 mil transplantes, sendo 8.853 de órgãos sólidos como, por exemplo, coração, fígado, pulmão, rim, entre outros, de acordo com números da Central Nacional de Transplantes (CNT), do Ministério da Saúde.

O doador que tem morte encefálica pode ajudar até 14 pessoas, com a doação das duas córneas, dois pulmões, dois rins, pâncreas, coração, pele, ossos, entre outros órgãos. No HCor, a doação de um coração salvou a vida da economista, hoje triatleta, Patrícia Fonseca. Ela nasceu com uma cardiopatia congênita e disseram que não passaria do primeiro ano de vida. Após conviver décadas com as limitações impostas pela doença, ao completar 30 anos ela recebeu, no dia de seu aniversário, o melhor presente que poderia esperar: um novo coração.

"Tínhamos um coração em perfeitas condições e uma paciente extremamente positiva à espera dele. Tudo isso foram pontos favoráveis. O amor pela vida, o querer fazer, trabalha muito a favor dela", comenta o Dr. Paulo Pego, cirurgião cardíaco do HCor.

Ela recebeu acompanhamento de uma equipe especializada desde antes do seu transplante, com médicos e fisioterapeutas. Eles possibilitaram uma recuperação surpreendente que ajudou Patrícia a realizar seu maior sonho, se tornar atleta.

Para que histórias de superação e vida como essas sejam cada vez mais frequentes, a conscientização das pessoas é necessária, para que entendam que até mesmo após a sua morte, podem ajudar a salvar a vida de muitas pessoas que aguardam apenas uma nova chance de viver com saúde.

Veja o depoimento de Cornelis Poel, transplantado de fígado

Para ser doador

Pela legislação brasileira, não há como garantir a vontade do doador, por isso é importante conversar com a família sobre essa vontade e deixar claro que eles precisam autorizar a doação para que esta realmente aconteçaUma autorização registrada, também pode ser levada em conta, principalmente em casos de decisão judicial.

Os órgãos doados atenderão os pacientes que estão na lista definida pela Central de Transplantes das Secretarias de Saúde dos estados, que é controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).