A arritmia cardíaca pode ser definida como qualquer ritmo cardíaco fora da normalidade. A manifestação clínica é o aceleramento ou mesmo um descompasso no ritmo dos batimentos cardíacos, que resulta em uma sensação de palpitação. Quando ocorre, as pessoas podem ter tontura, dor no peito, náuseas, desmaio ou até mesmo morte súbita. Pode ter origem nos átrios ou nos ventrículos, sendo esta última a arritmia que pode ser mais perigosa.
O verão é a época do ano em que podem ocorrer fatores que favorecem o desencadeamento das arritmias. O clima mais quente pode gerar estresse corporal para o controle da temperatura do corpo. Quem mais sofre com isso são as pessoas com doenças cardiovasculares e os idosos, conforme alerta Raphael Osugue, cardiologista de São José dos Campos.
"O forte calor agrava a situação dos pacientes cardiopatas, pois a desidratação e o suor excessivo ocasionam a perda de eletrólitos importantes para o funcionamento adequado do coração", comenta o médico. "Os idosos são mais acometidos com elevações da pressão arterial. Já as quedas súbitas de pressão arterial ocorrem mais frequentemente em mulheres jovens e magras". Outro fator muito relacionado ao verão é o excesso da ingestão de álcool, que pode resultar em desencadeamento de arritmias cardíacas, incluindo uma específica, chamada fibrilação atrial.
O diagnóstico das arritmias cardíacas pode ser realizado com um simples eletrocardiograma quando feito durante o evento da arritmia. Existem uma gama de exames cardíacos que podem ser necessários.
O ideal é que o paciente tenha acesso a exames mais complexos, envolvendo tanto o diagnóstico das arritmias, como a possibilidade de realização de tratamento curativo. "Este procedimento chama-se Estudo Eletrofisiológico e Ablação. É um exame que estuda o sistema elétrico normal do coração e faz o diagnóstico de causas de arritmias cardíacas. O exame é realizado através de cateteres (cabos) que são introduzidos através dos vasos sanguíneos até o interior do coração", explica Raphael.