Entenda a diferença entre preguiça, cansaço e estafa

Especialista explica o que é preciso fazer para combater esses problemas


Na correria do dia a dia, muitas pessoas se deparam com uma extensa quantidade de afazeres para dar conta. É trabalho, filhos, casa e, ainda, ter tempo para a vida social.

Com esse excesso de atividades, muitas vezes, surge a sensação de que algo não está bem: indisposição e desânimo, falta de vontade para realizar as tarefas. Isso tudo, no fim das contas, não se sabe se é preguiça, cansaço ou estafa.

Pensando em esclarecer essa dúvida, a especialista em Saúde Coletiva e professora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade UNIVERITAS/UNG, Maíra Rosa Apostolico, explica a diferença.

De acordo com ela, a preguiça relaciona-se com a pouca disposição ou lentidão para o trabalho; cansaço representa a fadiga gerada pelo trabalho; e a estafa é colocada como sinônimo de cansaço. Estes são os usos populares dos termos, embora do ponto de vista de saúde, podem ter uma compreensão diferente.

A preguiça não é considerada uma patologia ou estado de saúde, mas um estado de disposição para a atividade, apontada muitas vezes como limite que antecede o desempenho de atividades físicas ou mentais e adoção de novos hábitos.

Já o cansaço por si só é também um estado de disposição pessoal embora seja posterior à atividade. A estafa, sim, está relacionada a um estado de saúde, associado ou não a outras patologias físicas, e que pode chegar ao comprometimento do desempenho de atividades cotidianas das pessoas. Um conceito que vem sendo bastante difundido é o de Burnout ou Síndrome de Burnout, considerada uma reação de estresse e se manifesta como uma exaustão física e emocional, sentimento de frustração e fracasso, relacionado com o ambiente de trabalho.

Para combater cada um desses três problemas, a especialista explica que é preciso aprender a interpretar os sinais que o nosso corpo nos transmite, entendendo quando é tempo de reformular a vida, naquilo que é possível reformular. Ignorar tais sinais fará com que haja comprometimentos físicos e mentais, agravando e transformando o cansaço em fadiga crônica, em crises de estresse e outros quadros mais graves.