O dia 15 de setembro é dedicado à conscientização sobre o Linfoma, um tipo de câncer do sistema linfático que neste ano deverá acometer quase 15 mil brasileiros, e a importância do diagnóstico precoce da doença.
Segundo a Dra. Leila Pessoa de Melo, Diretora Médica do SHH - Serviço de Hematologia, de São José dos Campos, o aumento progressivo (na ausência de infecção) dos gânglios linfáticos, conhecidos como ínguas, no pescoço, axilas e virilha, perda de peso, febre, sudorese noturna, fraqueza progressiva, aumento do volume do abdome, tosse e dificuldade para respirar podem ser sintomas relacionados ao linfoma.
"É importante que as pessoas fiquem atentas aos sinais e procurem um hematologista. O diagnóstico precoce pode ser decisivo para o paciente. Quando mais cedo o Linfoma é diagnosticado, maiores são as chances de cura que podem chegar a 90%", explica a Dra. Leila.
O que é Linfoma?
Segundo a Dra. Leila, o linfoma ocorre quando acontece uma transformação maligna das células que compõem o sistema linfático, responsável pela defesa do nosso organismo contra bactérias, vírus e fungos. "Essas células crescem de forma descontrolada causando aumento (massas ou tumorações) de órgãos que compõem o sistema linfático", diz.
A doença é dividida em dois grandes grupos: Linfoma não-Hodgkin e Linfoma de Hodgkin. O Linfoma não-Hodgkin, que é mais frequente, tem mais de 40 subtipos e é subdividido em linfomas agressivos (de crescimento rápido) e linfomas indolentes (de crescimento lento).
Já o Linfoma de Hodgkin ocorre geralmente em pessoas com idades entre 20 e 30 anos e após os 50 anos. Os sintomas dos vários tipos de linfoma são semelhantes e o diagnóstico é feito através de biópsia (retirada de um fragmento de tecido acometido). Outros exames como tomografia computadorizada e Pet-CT são realizados para avaliar a extensão da doença.
Tratamento
A confirmação do diagnóstico do Linfoma é feita pelo hematologista após a realização de exames anatomopatológicos e imuno-histoquímicos. O estadiamento é realizado por meio de exames de imagem como tomografia e PET Scan.
O tratamento da doença geralmente ocorre com o auxílio de quimioterapia, sendo em alguns casos associada à radioterapia.
A chance de cura e controle do Linfoma avançou consideravelmente nos últimos anos com a utilização de anticorpos monoclonais associados à quimioterapia. O desenvolvimento e a utilização de drogas-alvo têm aumentado o controle e expectativa de vida desses pacientes.