Pindamonhangaba luta contra o Aedes aegypti constantemente. A equipe de Controle de Vetores da Secretaria de Saúde da Prefeitura visita todas as regiões da cidade durante o ano, fazendo o controle e conscientizando a população sobre as formas de acabar com os criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
No entanto, levantamento realizado no final de 2017 sinalizou um aumento de 307% no número de larvas do Aedes encontradas na região central da cidade. "Onde havia uma média de 1,6 criadouros agora encontramos 6,5, número considerado muito elevado pelo Ministério da Saúde, e que indica sinal de alerta e risco de epidemia", explicou o diretor do Departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana.
Os locais onde mais foram encontradas larvas foram, nesta ordem: 1º vasos de plantas, 2º materiais inservíveis nos quintais, 3º ralos, 4º reservatórios de água e 5º bromélias. Ou seja, todos dentro de residências, por isso é tão importante a colaboração dos moradores para que vigiem suas casas, detectem e acabem com possíveis criadouros.
O diretor Rafael Lamana explica que, além da conscientização, a Prefeitura irá intensificar as visitas dos agentes de controle de vetores nas casas, e passar, nas ruas da região de maiores índices de larvas , com o carro com o fumacê. "Mas de nada adianta essa ação se os moradores não acabarem com os criadouros, pois o fumacê acaba somente com os mosquitos que estiverem no local naquele momento em que passa o carro, e não acaba com larvas e ovos, nem com os mosquitos que nasçam nos dias seguintes", garantiu Lamana.
Além do risco de dengue, chikungunya e zika vírus, outro problema acarretado pelo Aedes aegypti pode ser o início da febre amarela urbana. Até o momento, o Estado de São Paulo tem somente casos de febre amarela silvestre, mas caso não seja feita a imunização dos moradores da área rural e o vírus consiga passar para as cidades, seus transmissores seriam o Aedes aegypti, e dificilmente seria contida uma epidemia dessa doença.