A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nota na noite desse sábado (27), informando a suspensão dos prazos de análises do pedido de uso emergencial da vacina russa Sputnik V, feito pela União Química, empresa responsável pelo imunizante russo, no Brasil.
O 2º pedido emergencial foi feito na última sexta-feira (26), pelo Laboratório União Química, e a Anvisa tinha 7 dias para concluir a análise. Segundo a agência, a medida foi adotada em função da ausência de documentos.
"Devido à ausência de documentos considerados importantes para a análise, conforme previsão legal, houve a suspensão da contagem dos prazos, até que a empresa apresente as informações descritas como 'não apresentado' no painel divulgado".
Antes do novo pedido, a agência havia informado no início desta semana que precisava ter acesso aos dados brutos dos testes da vacina, um requisito para o pedido de uso emergencial no país.
Segundo a Anvisa, o painel apresenta a porcentagem relativa ao status de submissão de cada um dos relatórios e informações necessárias à análise de autorização de uso temporário e emergencial.
Apesar da suspensão do prazo, a Agência informou que continua a análise das demais informações apresentadas pela União Química.
A vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, foi autorizada para uso emergencial pelo governo russo antes mesmo do fim dos estudos clínicos.
O Ministério da Saúde anunciou um acordo para comprar 10 milhões de doses desta vacina para integrar o Plano Nacional de Imunização.
Além disso, governadores do Consórcio do Nordeste anunciaram a assinatura de compra de mais 37 milhões de doses da vacina russa.
A vacina já foi aprovada para uso na Argentina e em outros países da América Latina.