Feitos, um para o outro!?


A vida é de encontros! Nascemos para o encontro! Nascemos do encontro!O um feito para o outro! Feitos um para o outro.Na incrível jornada humana pelo desconhecido de cada dia, não há “um” sem a presença do “outro”.

É condição de existência. É subjetivo, substrato, o que resta, o resíduo, a sobra, o motivo, a origem da vida humana.Um será para o outro, nas alianças, vínculos, laços. Não se pressupõe o encontro sem os laços de afeto, que se apertam, se juntam, se fundem...

O laço, saindo do “um”, saindo do “outro”, se encontrando, moldando, entrelaçando, apertando, nem em excesso para não “sufocar”, nem frouxo para se soltar, mas “suficientemente bom”, para manter sempre unido.

Os laços de agora, de antes, e depois, que se tornam o de sempre, se neles investimos nossos mais verdadeiros sentimentos, ambivalentes, valentes pra se manter...

Laços que exigem muito esforço, de um e do outro, que requer muita luta, que permite o luto, sem medo de sofrer.

Laços da mãe e bebê, do pai com o filho, do professor com o aluno, do amigo imaginário, idealizado, para o amigo real, do patrão e empregado, do médico e enfermo, tantos laços.

Laços do primeiro olhar paquera, do segurar a mão do enamorado, do romance, do casamento, os laços dos amantes de cada momento.

Laços, até que a morte separe, morte pela indiferença, pela busca compulsiva do semelhante, do igual, que separa, que rompe...

Laços do desejo de pra sempre, de um e do outro, pois quando um não quer o outro não faz, não enlaça...

Laços inconscientes, confidentes, misteriosos, de segredos, de bons enredos, de coincidências, na medida certa para permanência! Laços suficientes...

Que cada um, cada outro, iluminem seus papéis, reforcem na medida suficiente e transformem os relacionamentos em presente, presente de eternidade!

No mundo atual há uma crescente de desamparo, pessoas sem sentido, que não se encontram que não tem laços, sofrendo um presente sem perspectiva. “Um” que perde o “outro”, por descuido, por excesso.

É Natal presente, de laços e luzes. O que importa é que somos feitos “um” para o “outro”...