Apresentador do “Show Business” em entrevista exclusiva fala de empreendedorismo e política.
Campos do Jordão, cenário perfeito para quem gosta de frio e aconchego no campo. Foi lá que o empresário e apresentador João Dória Jr nos recebeu para uma entrevista exclusiva onde falou de seus trabalhos e visão política. Filiado ao PSDB, mostrou sua insatisfação com o Partido dos Trabalhadores e se preocupou com o rumo do país diante das eleições que se aproximam.
Todo mundo sabe que você é um grande empreendedor. Qual a estratégia para ter um sucesso certeiro?
João Dória Jr: Primeiro precisa ter a convicção daquilo que você deseja fazer. Essa convicção ajuda você ter fé e confiança em você mesmo. Segundo passo é ter parceiros, ter pessoas que ajudam você na realização de sua ideia, de sua iniciativa. O terceiro é estudar e planejar o mercado, identificar a oportunidade e planejar sua execução. Você pode ter muita inspiração, mas se não planejar com disciplina, pode cometer falhas que podem prejudicar o projeto. Em quarto lugar, tratar de difundir o máximo possível usando os mecanismos que possui acesso para poder fazer a difusão da sua ideia, desde as redes sociais até o boca a boca.
Aliás, as redes sociais cresceram muito. São mecanismos de grande relevância no que se refere à um trabalho como esse...
JDJ: Sem dúvida que é. E é importante que você tenha essa convicção que as redes sociais é uma mídia barata e não é difícil você fazer. Elas têm um grau de atingimento extraordinário em todos os segmentos da população, entre todas as classes e também um alcance em todas as faixas etárias entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. E também ter um pouco de sorte, mas a sorte vem se você cumprir as outras etapas.
João, você trabalha muito. Como você consegue conciliar família, vida pessoal e trabalho?
JDJ: Precisa ter muita disciplina e capacidade para utilizar corretamente seu tempo. Se você não tiver disciplina, provavelmente você vai sofrer, não vai conseguir realizar tudo. Então disciplina é uma coisa muito importante na minha vida e naquilo que eu faço. Eu consigo tempo para trabalhar bastante com muito entusiasmo com tempo também para minha família, para o esporte, lazer e cultura, que ajuda você a ter uma vida melhor.
Nota-se que você possui um bom relacionamento com a política de uma forma geral. Qual a cara do Brasil nesse cenário que vivemos em relação à educação, saúde, transporte...
JDJ: O Brasil poderia estar melhor do que está. Não é o país dos meus sonhos, não é o país que eu gostaria, mas eu acredito que as eleições, a democracia, ajudam muito esse processo. Não há nada que substitua o processo democrático. Por isso que eu respeito todos que são eleitos, independentemente de serem ou não os meus preferidos. A eleição é processo mais justo, mais digno, mais correto, mais representativo que possa existir. Pessoalmente acho que o Brasil vive um processo difícil, economicamente difícil, restritivo, com muitas dificuldades e entendo que o ano de 2015 poderá ter uma mudança mais significativa se nas eleições de outubro tivermos dois turnos e um presidente da República que traga um pouco mais de oxigênio, novas ideias, novas práticas, e dentro do processo democrático de alternância de poderes é sempre saudável. Eu defendo alternância de poderes nas empresas privadas e defendo também no governo. É bom, é positivo. Se isso ocorrer no plano federal, acho que o país terá um ano de 2015 melhor do que está sendo 2014.
Existe alguma pretensão política?
JDJ: Eu gosto muito da política, sou filho de político. Meu pai foi deputado federal, cassado e exilado pela ditadura militar. Então tenho política no meu sangue. Não tenho pretensão política imediata.
É filiado em algum partido?
JDJ: Sou filiado ao PSDB. Eu também defendo a filiação. Acho que todos os cidadãos deveriam fazer suas escolhas e exercê-las de forma mais intensa e positiva, mas sem perder o equilíbrio. Temos que ter direcionamento do que é bom e o que é ruim. Elogiar quando é preciso e criticar quando necessário.
Mas existem pretensões políticas?
JDJ: Em um futuro próximo, não. Talvez em um futuro a médio e longo prazo. Não nego a minha paixão e satisfação na vida pública.