Amar sem reservas, sem preconceitos, percebendo o nascer da ternura e da compreensão, é o grande desafio que a Palavra de Deus inspira em nossos corações. É preciso saber aproximar-se do outro, de maneira desarmada, tendo a capacidade de espalhar o amor para desarmar os corações fechados pelo desamor. É saber esperar o tempo certo para que o amor faça o milagre da unidade perfeita, quando ainda sentimos que a unidade se torna difícil.
Como é triste ver, em ambientes religiosos, o quanto a inveja, a indiferença ou a falsidade constroem um ambiente pesado, um ambiente de competitividade. É o medo de aceitar o diferente, por não abrirmos mão das nossas próprias vaidades.
Sabemos ler os fatos, sabemos bem julgá-los, mas nos falta a coragem de agir e agir com sabedoria e bondade, iluminados pelos ensinamentos de Jesus, Aquele que tão bem soube enfrentar o mal humano.
O que falta, sempre, é cada um dar o primeiro passo, não resistir ao desejo de buscar o perdão, dar uma nova chance, abraçar o diferente não como desafio, mas como possibilidade. São os primeiros sinais de que já compreendemos a linguagem do amor e queremos ser discípulos desse ensinamento.
Olhe hoje para a sua vida, examine seu coração e sua consciência: existem situações que denotam a existência do mal? Há ressentimento que precisa ser banido? Se não dermos o primeiro passo, permaneceremos no discurso, nas possibilidades, sem nunca chegar ao momento de uma transformação, de uma “metanóia”, de um Cristianismo autêntico em nós! Que a misericórdia de Deus inspire nossos corações no desafio ao amor!