Lugar da descoberta de Deus


Encontramos em Maria e em Isabel duas mulheres inclinadas para o futuro do seu ventre, o milagre estupendo que essas crianças seriam para a humanidade.
Nelas encontramos o lugar da descoberta de Deus, a manifestação da grandeza do cântico apresentado por Maria: “O Senhor fez em mim maravilhas, santo é o seu nome”.


O Deus que entra na casa das pessoas por meio de Maria é o Deus da vida e da alegria, o Deus da esperança e da paz. Quando descobrimos Deus em nossas vidas, percebemos ser possível irradiar uma alegria que se faz contagiante, pois se trata de uma alegria que não é ausência de sofrimento ou de problemas, mas a capacidade de encontrar forças diante das dificuldades da vida e seguir caminhando com a serenidade de quem busca o Céu.


É preciso encarar em profundidade a história humana e não de maneira superficial, perceber os problemas, aqueles reais e aqueles ocultos, acolher os lamentos da vida e plantar um pouco de esperança, que não nos deixa desanimar.


Deus está na realidade do nosso dia a dia. Sua presença é real. Mas nos distraímos muito e deixamos de sentir essa presença, abandonando-nos em nosso grito de dor e sofrimento. Resta-nos olhar mais para a Cruz e escutar a respiração de dor e abandono de Jesus, que mesmo ali, não deixou de pensar em nós. Contemplar com mais profundidade o Calvário, pode nos ensinar muito sobre o tempo que necessitamos para compreender a ação de Deus em nossas vidas.


Precisamos nos dispor a um caminho de maturação e crescimento na fé, nessa grande peregrinação da nossa vida, deixando de ter uma atitude de observação e mergulhando nossas vidas mais profundamente no acontecimento da encarnação de Jesus. Quanto mais mergulhados no Seu mistério, mais encontraremos forças para realizar nosso discipulado n’Ele. Eis o lugar da descoberta que necessitamos chegar!