O mundo vem, a passos largos, perdendo sua identidade. Tenho percebido o quanto as pessoas estão se desfigurando diante da quebra de tantos paradigmas e, dessa forma, perdidos em nossas escolhas.
Valores que outrora sustentavam nossa identidade, são hoje colocados em descrédito e já colhemos muito do que estamos semeando. Perdemos o prazer da convivência e é na convivência que vamos solidificando nossa identidade, na troca de tantos ensinamentos e partilha de valores.
A imagem que adquirimos de nós mesmos começa a ser construída nas primeiras relações afetivas que estabelecemos, onde a família ocupa um lugar insubstituível. Mas a fragilidade com que se encontram as famílias em nossos tempos, tem gerado um comportamento superficial e insensível ao bem. Uma forma de perceber essa fragilidade humana é quando não aceitamos nossos limites e usamos da agressividade como uma forma de nos proteger.
A vida é feita de escolhas e é bom que tenhamos prudência e sabedoria no momento de fazer tais escolhas para o bem que desejamos alcançar. Muitas escolhas são precipitadas e trazem graves consequências no futuro. Quem sabe seja a hora de voltar a escutar os bons conselhos, a valorizar mais uma harmoniosa convivência familiar e ocupar-se mais das coisas que nos fazem pessoas mais equilibradas. É nessa escola do bem que fundamentamos nosso caráter e, com certeza, colaboraremos para a construção de um mundo melhor.
Que nessa primavera possamos florescer com mais perfume e beleza!