No rito da Celebração Eucarística, afirmamos em alguns momentos, que o Senhor está no meio de nós. Mais do que palavras ou uma expressão litúrgica, trata-se de uma certeza da nossa fé. O que precisamos é nos questionar sobre a certeza dessa afirmação, que tão bem define a nossa fé.
Sim, Cristo está no meio de nós, mantendo a sua "tenda" em nosso meio, aproximando-se sempre da vida humana, um Deus que prometeu permanecer com aqueles que O amam.
Uma preocupação de Jesus foi ir ao encontro daqueles que não podiam chegar perto de Deus no Templo, por serem considerados indignos ou sofrerem toda forma de discriminação. Jesus atravessou montanhas e vales, caminhou por vilarejos e aldeias, esbarrando a Sua vida nas vidas sofridas e abandonadas, resgatando-lhes a dignidade de filhos de Deus.
Jesus torna-se assim, a nova fonte da vida, abastecendo a fé dos sedentos de justiça, dos simples de coração, dos perseguidos e marginalizados, afirmando para eles, a certeza do Reino dos Céus.
Como seria significativo, da parte dos seguidores de Jesus, os assim chamados cristãos, aproximarem-se dos "afastados", acolhendo-os com todo amor e respeito, da forma como Cristo sempre fez. Onde existe um cristão, deveria existir essa sublime forma de facilitar as proximidades, superar as diferenças e construir o respeito.
O mundo poderia voltar a encontrar em cada cristão, os traços do Mestre, reconhecer os traços da bondade e da justiça, reconhecer que Deus veio habitar entre nós. Que o rosto da nossa religiosidade seja o rosto da misericórdia e da compaixão, da humildade e da alegria.
Então sim, podermos afirmar de todo o coração: Ele está no meio de nós!