Observando a postura humana, tocando o consumismo que ocupa os interesses de cada um e a intolerância nos relacionamentos, cada vez mais, percebo que o valor cristão vai se comprometendo no comportamento social.
Trata-se, quem sabe, de uma forma mais "fácil" de se viver, de não precisar assumir responsabilidades éticas diante dos compromissos que a vida nos impõe e de não se sentir "preso" a nenhuma forma de religiosidade, que para muitos, retira o prazer da vida, mesmo que esse seja apenas momentâneo.
Quando compreendermos que a vida não é apenas uma luta incessante contra a morte, mas uma busca de sentido, de gratuidade e de alegria, compreenderemos também, o que Cristo veio realizar em nosso meio, quando falou das coisas do Reino do Céu.
Longe de ser uma ameaça, Jesus foi alguém que respeitou a liberdade humana e propôs um seguimento radicado no amor e na compaixão. O Deus que se apresenta diante de nós é um Deus que não necessita de pessoas ou coisas, mas que se alegra quando é procurado e desejado pelos seus filhos.
O grande desafio deixado para os discípulos de Jesus é permear o mundo com essa mensagem libertadora e salvadora, onde mais do que pensar em Deus, somos chamados a experimentá-Lo, sentir a Sua presença a partir do coração, saindo de uma teoria aprendida para uma vivência na prática.
Enquanto ainda houver tempo, sejamos capazes de "reapresentar" para todas as pessoas a novidade da mensagem de Cristo, provocando em cada coração humano a sensibilidade para com a vida e tantos valores que ela agrega.
Em cada gesto de amor e compaixão, podemos sentir a presença do amor de Deus por todos nós, por toda a humanidade.