Doadora de óvulos: desmontando dúvidas

Quer se tornar uma doadora de óvulos? Conheça os requisitos e contribua para o sonho de muitas pessoas!


A doação de óvulos é um tema que frequentemente gera muitas dúvidas e inquietações, mas também uma alternativa valiosa para mulheres que, por diversos motivos, não conseguem engravidar com seus próprios óvulos. Ao longo deste artigo, vamos esclarecer os mitos e verdades em torno do papel da doadora de óvulos, o que significa ser doadora, como o processo funciona e a importância do banco de doadoras de óvulos no Brasil.

O funcionamento da doação de óvulos

O primeiro equívoco comum é que a doação de óvulos é um processo complicado e demorado. No entanto, é importante esclarecer desde o início: é um tratamento bem regulamentado e seguro.

A doadora de óvulos passa primeiramente por uma avaliação médica completa, incluindo exames físicos e psicológicos, para assegurar que ela é fisicamente e mentalmente capaz de doar. Segue-se então a estimulação ovariana, um processo que dura cerca de duas semanas e envolve a administração de medicamentos para aumentar a produção de óvulos. Por fim, os óvulos são coletados em um procedimento ambulatorial rápido e indolor.

As diretrizes regulamentares que regem a doação de óvulos são estabelecidas pela Resolução da Diretoria Colegiada N°23 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). De acordo com as regras, qualquer mulher entre 18 e 35 anos, saudável, pode ser uma doadora. A doação deve ser anônima e não remunerada, o que significa que a doadora e a receptora não podem conhecer a identidade uma da outra.

A seleção de uma doadora

Outro equívoco comum é que a escolha de uma doadora de óvulos se assemelha a um 'shopping' de características genéticas desejáveis. Mas, na realidade, como escolher doadora de óvulos é uma questão de saúde e compatibilidade.

Os fatores mais importantes na seleção de uma doadora são sua saúde e idade. Além disso, características fenotípicas gerais como cor do cabelo, tipo de corpo e etnia, que se aproximam da futura mãe, são levadas em consideração. Os bancos de doadoras de óvulos desempenham um papel vital nesta fase, disponibilizando uma variedade de perfis para garantir a compatibilidade genética e imunológica.

Fertilidade da doadora

Um dos maiores mitos sobre a doação de óvulos é a ideia de que a doadora pode 'acabar' com seus óvulos. A verdade é que uma mulher nasce com cerca de 1 a 2 milhões de óvulos. Na puberdade, esse número diminui para cerca de 300.000 a 500.000. A cada ciclo menstrual, cerca de mil óvulos começam a amadurecer, mas apenas um atinge a maturidade completa. Portanto, os óvulos que são doados seriam, de qualquer forma, eliminados pelo corpo.

Outro mito que precisa ser desmascarado é que a doação de óvulos prejudica a futura fertilidade da doadora. Estudos mostram que não existe relação entre a doação de óvulos e a infertilidade futura. A doação é um processo seguro que não afeta a reserva ovariana a longo prazo.

O panorama da doação de óvulos no Brasil

No que diz respeito à situação das doadoras de óvulos no Brasil, embora a doação seja regulamentada e legal, o número de doadoras não atende à demanda. Fatores como a falta de informação, a disseminação de mitos e o medo do desconhecido contribuem para essa lacuna.

Através da disseminação de informações corretas e transparentes, é possível mudar essa realidade. Tornar-se uma doadora de óvulos é um ato de generosidade e amor que pode trazer a alegria da maternidade para muitas mulheres. Desmistificar equívocos e fornecer informações claras e precisas é fundamental para encorajar mais mulheres a considerar essa opção, seja para doar ou receber.

Em resumo, as doadoras de óvulos fazem um ato de bondade em uma jornada segura e bem regulamentada que pode transformar a vida de muitas pessoas. Compreender os fatos, desmascarar os mitos e estar bem informado são as chaves para apreciar plenamente o que a doação de óvulos realmente implica.