Low cost no Brasil: como funciona e quais companhias já operam no país

Conheça.


As companhias aéreas low cost (LCC) surgiram como uma alternativa para tornar as viagens mais acessíveis, oferecendo passagens a preços reduzidos ao eliminar serviços considerados não essenciais. 

Ao contrário das tradicionais, essas empresas operam com um modelo de negócios baseado na cobrança separada por recursos adicionais, como despacho de bagagem, marcação de assento e refeições a bordo. 

Dessa forma, os passageiros podem escolher por quais comodidades desejam pagar, tornando a experiência de voo mais flexível e, muitas vezes, mais barata.

O conceito surgiu na Europa, na década de 1960, quando operadoras de transporte aéreo não regular transportavam turistas do norte europeu para regiões ensolaradas do Mediterrâneo, reduzindo custos ao operar apenas com aeronaves lotadas e sem oferecer comodidades extras. 

O continente se tornou o principal berço das companhias low cost, devido à proximidade geográfica entre os países e à facilidade de deslocamento dentro da União Europeia. 

O segmento se popularizou rapidamente, permitindo que turistas explorem múltiplos destinos pagando pouco pelas passagens, inclusive valores inferiores a outros meios de transporte, como trens ou ônibus.

Nesse sentido, aeroportos secundários passaram a ser utilizados, reduzindo taxas e otimizando custos. Assim, as empresas cresceram exponencialmente, conectando grandes e pequenas cidades europeias, com tarifas acessíveis e maior frequência de voos.

Entretanto, foi nos Estados Unidos que surgiu a primeira transportadora de baixo custo regular, a Southwest Airlines, que serviu de inspiração para a expansão do sistema pelo mundo.

No Brasil, as low cost chegaram mais recentemente, mas já começaram a ganhar espaço. Atualmente, Azul, Gol e LATAM adotam o modelo em parte de suas operações, oferecendo tarifas mais acessíveis em determinadas rotas. Contudo, nenhuma delas possui todas as características desse segmento. 

Além disso, quatro companhias operam no país com esse formato. A primeira delas foi a chilena SKY Airline, que desde 2018 realiza voos para diversos destinos na América Latina. Em seguida, a argentina Flybondi iniciou suas operações em 2019, conectando cidades como Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo a Buenos Aires. 

Outra empresa chilena, a JetSMART, entrou no mercado brasileiro em 2022, e atualmente opera voos entre Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Florianópolis e São Paulo para cidades do Chile, Argentina e Uruguai. 

Mais recentemente, em 2023, a dominicana Arajet passou a oferecer voos diretos entre São Paulo e Santo Domingo, possibilitando conexões para outros destinos como América Central e até Canadá. 

Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já autorizou outras LCCs a operarem no Brasil, o que pode expandir ainda mais a presença das low cost no país.

Com a crescente oferta de voos a preços reduzidos, as viagens tornaram-se mais acessíveis do que nunca. Além das tarifas mais baixas, muitos turistas também recorrem a outras estratégias, como usar milhas para viajar, para diminuir ainda mais os custos. 

Afinal, os programas de fidelidade permitem acumular pontos, que podem ser trocados por passagens ou utilizados para complementar o pagamento de bilhete. 

Nesse sentido, algumas companhias possibilitam o resgate de trechos inteiros com milhas, enquanto outras autorizam a conversão parcial, tornando as viagens ainda mais vantajosas para quem se planeja.