Os metalúrgicos da MWL decidiram, em assembleia nesta quarta-feira (14), dar continuidade à greve contra o fechamento da fábrica, em Caçapava, e pela manutenção de todos os postos de trabalho e direitos. A decisão foi tomada no dia seguinte à suspensão judicial da ordem de despejo que poderia levar ao encerramento das atividades na fábrica.
A empresa propôs o pagamento dos dias parados durante a greve, com 50% de compensação, mas se recusou a dar garantias de manutenção dos empregos e direitos. Diante da intransigência da direção da fábrica, a greve continua.
Entenda o caso
A MWL acumula uma dívida de R$ 11 milhões com a Mafersa, referente a atrasos no pagamento do aluguel da área onde funciona a fábrica. A ordem de despejo já havia sido autorizada pela Justiça, mas foi suspensa.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deu efeito suspensivo à ação de despejo, no dia 7, a pedido da MWL. A Mafersa tinha cinco dias para se manifestar, a contar daquela data.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região vai cobrar do governador João Dória (PSDB) um posicionamento que possa manter os empregos dos 237 funcionários da empresa.
A exemplo do que houve com a empresa do setor de alimentação Wow! Nutrition, que fechou as portas esta semana em razão de uma ordem de despejo, os trabalhadores da MWL temem que a metalúrgica também seja fechada e os direitos trabalhistas não sejam cumpridos.
"A luta em defesa dos empregos continua. Não podemos arriscar e deixar que aconteça o mesmo que houve com a Wow. Vamos cobrar do poder público e pressionar a empresa para que se comprometa com os direitos dos trabalhadores", afirma o vice-presidente do Sindicato, Renato de Almeida.