Brasil registra a quarta maior inflação dos países do G20

Preços das commodities e pandemia contribuíram para o problema que é mundial


O Brasil é a quarta maior inflação dos países do G20, grupo que compõem os 20 países com a maior economia no mundo. Desde 2021, o país enfrenta um dos piores quadros inflacionários da economia, como perda do poder de compra da população, aumento de gasolina, preços de serviços, entre outros.

O país atingiu a taxa de 12,1% de alta, ficando atrás de países como Turquia, com 69%, Argentina, com 58%, e Rússia, com 17%. Quando a análise remete apenas a países da América Latina, o Brasil fica em terceiro, atrás da Venezuela e da própria Argentina.

Existem diversos fatores que contribuíram para essa taxa elevada no Brasil, e um deles é o fato da pandemia de Covid-19. Para evitar a disseminação do vírus, foram realizados diversos lockdowns ao redor do país, o que acabou desorganizando as cadeias de produção, fornecimento e transporte, reduzindo a oferta de uma série de produtos.

O preço da commodity do petróleo também contribuiu com a inflação no Brasil, pois os preços dos barris aumentaram, elevando o preço da gasolina, entre outros. A cotação do petróleo é definida por seu preço em um determinado momento no mercado; neste caso, se ele estiver elevado, o país acaba sendo afetado.

Para tentar solucionar a alta nos preços de itens essenciais como gás de cozinha e combustíveis, o governo federal realizou alguns ajustes nas taxas de produção. Em Abril, a Petrobras anunciou redução de 5,58% no valor do botijão de gás, mas a mudança só começou a ser reconhecida pela população a médio prazo.

Inflação ao redor do mundo

Embora a taxa esteja bem alta no Brasil, esse é um problema que vem atingindo diversos países ao redor do mundo. Alguns economistas apontam que essa inflação alta dará uma trégua ainda em 2022, não se estendendo até 2023. Na busca por controlar esse aumento, alguns países têm elevado a taxa de juros como medida principal.

A guerra na Ucrânia tem sido um problema decisivo para muitos países da Europa. A inflação da Eurozona prosseguiu com a tendência de alta no mês de junho, e bateu um recorde ao atingir a marca de 8,6% em ritmo anual. Os aumentos expressivos nos preços de energia e alimentos, em decorrência da guerra, contribuíram para essa taxa.

Outra consequência da guerra é o impacto nos mercados internacionais de alimentos. A Eurostat destaca que, em junho, o setor de alimentos, principalmente cereais e grãos, registrou aumento de 8,9% em ritmo anual. Entre as principais economias da Eurozona, a França registrou um dos menores índices de inflação em junho, com 6,5%.