Cenário inflacionário preocupa a população brasileira

Estudo da Confederação Nacional do Comércio aponta que endividamento e inadimplência são os maiores em 12 anos


O estudo Consumer Pulse, da TransUnion, ouviu 1.013 pessoas adultas entre 26 de maio e 3 de junho deste ano; dos ouvidos, uma porcentagem de 37% dos consumidores disseram que sua renda familiar diminuiu nos últimos três meses; os motivos são variados, e vão desde a perda de emprego até a redução de salário. Nesse cenário, o cartão de crédito é a fatura que mais preocupa. 

A TransUnion também fez uma avaliação das expectativas dos entrevistados no que diz respeito aos gastos, em geral, e percebeu-se que a população no segundo trimestre de 2022 espera reduzir os custos com alimentação fora de casa, viagens e outros, o que representa um aumento significativo de pessoas que têm esse pensamento; se levarmos em consideração os três primeiros meses deste ano, as porcentagens variam de 57% contra 45%.

Esse é um dos muitos reflexos da inflação, que é o aumento dos preços de bens e serviços; é através dela que o poder de compra aumenta ou diminui. Nesse sentido, o cenário é de instabilidade, posto que as pressões de demanda, pressões de custos, inércia inflacionária e expectativas de inflação influenciam na sua oscilação; o impacto disso na vida dos brasileiros é diário, seja em consumos essenciais como alimentos, ou em outras atividades relacionadas ao lazer. 

Por esse motivo, a inflação está preocupando 79% das famílias, de acordo com o apontamento feito pelo mesmo estudo. Outra pesquisa que justifica a preocupação é um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio, em agosto, no qual houve a demonstração de que 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas, o que levou à tomada de medidas extraordinárias da população, por exemplo, recorrer ao suporte à renda, saques extras do FGTS e antecipação do 13º salário. 

Tendo em vista esse cenário, é importante pensar em estratégias para assegurar a rentabilidade do dinheiro, para ficar cada vez mais distante dos impactos da inflação. Das atitudes que podem ser tomadas, o controle das finanças é a primeira delas.  Isso permite que a pessoa visualize qual é a despesa prioritária, bem como moradia, alimentação, transporte e outros, possibilitando a alteração de itens que não são tão essenciais. Além disso, a mudança de hábitos de consumo também é importante para que o dinheiro seja utilizado de maneira mais assertiva. 

Outra forma é encontrar maneiras de investir, para proteger o valor do patrimônio e gerar uma renda passiva. Das possibilidades algumas são indicadas, como investimento em títulos de capitalização, que consiste em aplicações programadas durante um prazo acordado pelo proprietário, que concorre a sorteios e prêmios financeiros. Esse é um método seguro, uma vez que incentiva o hábito de guardar dinheiro com a possibilidade de ganhar prêmios variados, e não tem acúmulo de juros sobre o investimento.