Com influência de China e Japão, dólar sobe para R$ 5,48

Bolsa ganha 0,27% e aproxima-se dos 130 mil pontos


Ainda nessa última quarta-feira (17), o mercado financeiro brasileiro enfrentou um dia de intensa volatilidade, influenciado especialmente por movimentos na Ásia que impactaram diretamente o câmbio e a bolsa de valores. O dólar comercial fechou cotado a R$ 5,483, registrando uma alta de R$ 0,054 ( 1%) em relação ao dia anterior. A moeda norte-americana operou em ascensão ao longo de toda a sessão, com uma aceleração significativa a partir da metade da manhã, culminando próximo às máximas do dia.

Em contrapartida, o índice Ibovespa da B3 apresentou uma recuperação, encerrando aos 129.465 pontos, o que representa um incremento de 0,27%. Esse desempenho segue um dia de queda na sessão anterior, onde a bolsa interrompeu uma sequência de 11 altas consecutivas, a maior desde o final de 2017 e início de 2018. Apesar das oscilações recentes, o Ibovespa acumula uma queda de 3,52% no ano de 2024.

O mercado foi particularmente sensível às notícias vindas da Ásia, onde a desaceleração econômica na China exerceu pressão significativa sobre os mercados emergentes. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no segundo trimestre deste ano, que registrou um avanço de 4,7% em comparação ao mesmo período do ano passado, evidenciou uma desaceleração econômica maior do que a prevista anteriormente, com um crescimento de 5,3% no primeiro trimestre.

Essa desaceleração afeta diretamente os exportadores de commodities, como o Brasil, pois reduz a demanda por bens primários nos mercados internacionais. Paralelamente, o cenário político nos Estados Unidos também contribui para a volatilidade do dólar, especialmente após o recente atentado contra o ex-presidente Donald Trump, adicionando mais incertezas ao mercado cambial global.

Esses elementos combinados resultaram em um dia turbulento para os investidores, com repercussões significativas tanto no câmbio quanto no mercado de ações, refletindo a sensibilidade dos mercados globais a eventos econômicos e geopolíticos.

 

Fonte: Agência Brasil.