Comércio da região deve contratar 30% a menos de temporários para o Natal

No final de 2019 foram 2500 vagas geradas; para 2020 Sincovat projeta 1750 oportunidades de trabalho


Com o avanço da RM Vale à fase verde do plano São Paulo, que visa a retomada consciente da economia no Estado, durante a pandemia do coronavírus, o comércio da região começa a se preparar agora para o final de ano.

Um estudo realizado pelo departamento econômico do Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), mostra que, apesar do ano difícil, as vendas de Natal devem movimentar o varejo. Com isso, há necessidade de reforçar o quadro de funcionários vai existir, porém o número de contratações será cerca de 30% menor do em 2019.

No final do ano passado, a expectativa de vagas celetistas criadas para atender o aumento da demanda com as comemorações de fim do ano foi de 2 mil postos com carteira assinada. No entanto, o saldo de empregos (admissões menos desligamentos) do varejo da RM Vale, em outubro e novembro (principal período de aumento do quadro funcional) atingiu cerca de 2500 vagas, maior patamar desde 2014.

Para 2020, a tendência é uma redução dessa geração de emprego nesse mesmo período e deve atingir 1.750 vagas. Entre os principais motivos estão queda de 6,5% no faturamento bruto do comércio da região, deterioração do mercado de trabalho, com perda de 6.185 postos de trabalho no varejo local de janeiro a agosto e a redução da renda e poder de compra das famílias.

"O comércio continuará sendo local de oportunidades de emprego no fim do ano. Porém, em 2020, com os impactos severos dos efeitos da pandemia da Covid-19, teremos menos vagas que serão abertas. As atividades essenciais, como gêneros alimentícios, por exemplo, deverão gerar mais. O tradicional varejo de vestuário, acessórios, calçados, entre outros, também devem reforçar a equipe, mas em menor número", explica Dan Guinsburg, presidente do Sincovat e vice-presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo - FecomercioSP.