Cresce no país o número de cooperativas de crédito e de consórcios

Cooperados desfrutam dos mesmos serviços em oferta nos bancos, como conta-corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos


O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (6) que vem aumentando a participação das cooperativas de crédito em todos os principais indicadores do Sistema Financeiro Nacional. Segundo relatório da autarquia, a carteira de crédito do segmento apresentou crescimento de 15% em 2017, superando a evolução observada em 2016, que foi de 10%.

As taxas praticadas por essas instituições são adequadas para o atendimento personalizado e correspondem à expectativa dos clientes, que desfrutam dos mesmos serviços em oferta nos bancos, como conta-corrente, aplicações financeiras, cartão de crédito, empréstimos e financiamentos. As cooperativas de crédito são autorizadas e supervisionadas pelo Banco Central.

As cooperativas com sede nas regiões Sul e Sudeste concentraram, respectivamente, aproximadamente 50% e 30% dos ativos totais do setor.

Segundo o relatório do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, o número de cooperados cresceu 8% no ano passado, alcançando a marca de 9,6 milhões de cooperados, com destaque para o crescimento (19%) em pessoas jurídicas.

Em média, o setor registrou adesão de 60 mil novos cooperados por mês. No final de 2017, havia quatro confederações, 35 centrais cooperativas, 967 cooperativas singulares e dois bancos cooperativos em atividade no país. O documento apresenta dados do setor desde 2012.

A carteira de crédito, a centralização financeira e os títulos e valores imobiliários (TVM) cresceram em torno de 15%, segundo o relatório. A inadimplência no segmento reduziu de 4% em dezembro de 2016 para 3,5% em dezembro de 2017, apresentando índice de cobertura por provisões para crédito de liquidação duvidosa de 1,72.

As captações cresceram aproximadamente 16%, compostas majoritariamente pelos depósitos dos cooperados, e o capital das cooperativas se mostrou suficiente para cumprir com folga as exigências mínimas estabelecidas pelas normas em vigor, diz o Banco Central.

Ainda de acordo com o relatório, o Índice de Basileia (IB) do segmento cooperativo de crédito manteve-se em torno de 30%, acima do índice do segmento bancário, de 18%. Índice de Basileia é a proporção entre o capital da instituição financeira e o valor que ele deve pra pessoas e entidades, o que na prática, representa o índice de riscos de investimento e grau da capacidade endividamento na instituição.

Consórcios - Outro relatório do BC também mostra crescimento no setor de consórcios, que ampliou em 7,7% a carteira dos consorciados já contemplados, alcançando R$ 48,6 bilhões. A alta foi puxada pelos dois maiores subsegmentos: 6,1% no de veículos automotores, atingindo R$ 29,90 bilhões e 10,8% no de imóveis, alcançando R$18,71 bilhões.

Com informações da Agência Brasil